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Catástrofes devem encarecer seguro

Fonte: Jornal do Comércio - PE

SÃO PAULO As catástrofes climáticas ao redor do mundo estão preocupando as empresas do setor de seguros. Elas acreditam que o preço dos seus produtos vão ser impactados por causa de tragédias como enchentes, terremotos e tsunamis. Para discutir o assunto, a Allianz promoveu, ontem, o Fórum Internacional de Seguros para Jornalistas 2011. O evento, realizado em São Paulo, discutiu como o aumento populacional pode provocar catástrofes que interferem na economia do mundo.

No primeiro semestre deste ano, as perdas das seguradoras por causa dos problemas climáticos somaram US$ 60 bilhões. Esses prejuízos vão impactar nos preços do serviço, embora ainda não se saiba exatamente quanto. O presidente da Allianz Risk Transfer Holanda, John D. Arpel, disse que as empresas não têm condições de especificar de quanto será o aumento agora. O impacto no preço do serviço para carros ou casas das pessoas comuns ainda não pode ser calculado.

Para aproveitar o novo nicho de mercado, as seguradores já estão se preparando para oferecer seguros específicos para as catástrofes naturais. A Allianz está organizada para enfrentar desafios futuros e oferecer um atendimento de primeira classe aos nossos clientes. Sem dúvida, temos concorrentes igualmente aptos a encarar os desafios do futuro. Portanto, existe um mercado de seguros pronto e financeiramente preparado para encarar as perdas futuras , explica Arpel. O problema para as empresas é se as perdas provocadas por uma catástrofe atingirem um montante acima de US$ 100 bilhões. Pode parecer muito dinheiro, mas não é difícil de ocorrer. O furacão Katrina, por exemplo, trouxe sozinho um prejuízo de US$ 41 bilhões. Se um furacão atingisse Nova Iorque as perdas estimadas seriam de US$ 110 bilhões.

Umas da maneiras que as seguradoras têm de conseguir capital para bancar os prejuízos provocados pelas catástrofes é aumentar o número de clientes. A meta é popularizar os produtos para que eles cheguem aos clientes da classe C. Uma das vertentes pode até ser o seguro residencial para moradores de áreas de riscos. A confiança na expansão no mercado tem como base os resultados deste ano. Entre janeiro e maio, a receita de prêmios totalizou R$ 41,1 bilhões no Brasil. Um aumento de 19,5% em comparação com o mesmo período de 2011. No segmento de venda de seguros pessoais (previdência privada, seguros de vida, apólices para viagens), a arrecadação de prêmios foi de R$ 24,3 bilhões, 24% a mais na mesma comparação de tempo. Essa modalidade não inclui seguros de saúde. Os dados são da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e apontam que outros setores também tiveram bons resultados como os seguros para automóveis, rurais, de transporte de cargas e riscos financeiros. À medida que a renda aumenta, produtos de seguros de pessoas tendem a se destacar , informou Francisco Galiza, consultor da Rating de Seguros Consultoria. O setor deve terminar o ano com alta de 12% a 15% em prêmios , completa.

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