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Seguro de carro sobe o dobro da inflação

Fonte: Visão Oeste - SP

O preço médio do seguro para veículos subiu 9% no primeiro semestre deste ano na Grande São Paulo, mais do que o dobro da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE.

Para Claucio Somora, um dos sócios da corretora AACS Seguros, o principal fator para a alta é o crescimento dos roubos e furtos de carros. Os índices subiram na maioria das cidades da região.

Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública, em Osasco, de janeiro a junho deste ano os furtos e roubos subiram 6,5% com relação ao mesmo período do ano passado (1.755 ante 1.648).

Carapicuíba teve a alta mais elevada da região: 21% (572 contra 472). Cotia teve aumento de 7% (336 ante 314) e Jandira, 7,1% (105 contra 98).

“Na Região Metropolitana, há uma falta de segurança constante, que aumenta o valor do seguro”, avalia Somora.
Os seguros dos quatro carros da família do empresário Francisco Farias custam mais de R$ 5 mil por ano. “Infelizmente, o seguro é fundamental. Se não pagar, pode ser pior, não é? O risco de roubo é grande”, reclama.

Mais roubados
Segundo levantamento da Superintendência de Seguros Privados (Susep) relativo ao primeiro semestre, os carros mais roubados e, consequentemente, com seguros proporcionalmente mais altos, são: Gol, Fiat Uno, Chevrolet Astra, Fiat Palio, Peugeot 206, Chevrolet Celta e Corsa, Ford Fiesta e Toyota Corolla.

Outro fator para o preço em alta, aponta o especialista, é a pouca concorrência no setor, que diminui cada vez mais, com uma série de fusões e aquisições. “A cada ano que passa, o mercado fica mais concentrado."

Seguradoras recusam rebaixados
Os donos de carros rebaixados sofrem para encontrar seguro para seus veículos. “As seguradoras acham que pessoas que rebaixam os carros só pensam em racha. Mas é apenas um estilo diferente”, afirma o analista de seguros de transporte William Franco.

Ele preside o Saveiro Clube SP. “Já cotei em muitas seguradoras e nada. Temos 22 carros rebaixados no clube e nenhum tem seguro”, lamenta.

O corretor de seguros Claucio Somora explica que “a seguradora entende que o veículo perde estabilidade, segurança. O risco aumenta”.

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