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Seguradoras discutem como classificar tumultos em Londres

Fonte: Revista Apólice

Gestores de risco estão compartilhando lições aprendidas com os tumultos e saques em várias partes da Inglaterra, enquanto a preocupação do mercado de seguros é caracterizar a cobertura como um único evento ou múltiplos eventos.

Para o CEO da Associação de Seguros e Gerenciamento de Riscos na Indústria e Comércio (AIRMIC, na sigla em inglês), John Hurrell, o setor tem respondido bem às preocupações dos segurados em relação às perdas. Porém, as companhias ainda discutem se os tumultos serão contados como um evento único ou vários. Ele afirmou que, se os tumultos forem tratados como diferentes eventos, as retenções ao segurado serão maiores do que se fossem classificados como apenas um evento. "Parece que as seguradoras vão analisar caso a caso", disse.

Um dos problemas é que muitas seguradoras não foram capazes de estimar a extensão de sua exposição às perdas relacionadas aos tumultos, principalmente por causa da incerteza em torno das reivindicações envolvendo interrupção de negócios.

Auxílio
A AIRMIC configurou um recurso online para gestores de risco com o objetivo de reunir informações como resultado da violência no início deste mês que começou em Londres e se espalhou para várias outras cidades, incluindo Birmingham e Manchester.

Os varejistas também foram lembrados pela AIRMIC, que facilitou a troca de informações dos resultado dos ataques.

Muitas lojas foram danificadas e saqueadas durante os tumultos, que começaram no dia 6 de agosto, em Tottenham, no norte de Londres. De acordo com a Associação Britânica de Seguradoras (ABI, na sigla em inglês), o custo total para a indústria de seguros deverá exceder £ 200 milhões (cerca de US$ 325 milhões). Mais de mil pessoas foram acusadas de promoverem a violência.

"Os varejistas certamente foram o foco dos ataques e nós todos sofremos de alguma forma ", disse John Windsor, presidente do grupo de varejo da AIRMIC. Segundo o executivo, todos aprenderam que é crucial ter um plano de continuidade de negócios. Outra lição aprendida foi a escolha de representantes para líderes de equipe de várias áreas do plano de continuidade de negócios, para garantir que esses líderes não fiquem muito exaustos.

Ainda de acordo com Windsor, a maioria dos varejistas que sofreram perdas pretendem pedir indenizacão para suas seguradoras ou para o governo, por meio do "Riot Damages Act". O "Riot Damages Act" é uma lei, promulgada em 1886, que permite que seguradoras repassem os prejuízos à polícia e possibilita que empresas ou indivíduos que não tenham seguro exijam indenização em caso de tumultos.

Extensão do prazo
Reagindo aos tumultos e danos, o primeiro-ministro britânico David Cameron estendeu o prazo para a apresentação de reivindicações para 42 dias. O limite anterior era 14 dias.

"O governo deve ser aplaudido por estender o período de tempo para a apresentação de reclamações, mas mesmo 42 dias é um prazo apertado para registrar uma reclamação complexa", completou Windsor, da AIRMIC. Ele disse que o grande volume de reclamações pode resultar em atraso no processamento delas.
Companhias do mercado de seguros também decidiram prorrogar os seus prazos. Por exemplo, na semana passada a Zurich Financial Services decidiu prorrogar o prazo para seus segurados para apresentar queixas de 7 para até 30 dias.

Com informações do site Business Insurance

Jamille Niero
Revista Apólice

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