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Bancos apostam em seguros para lucrar mais

Fonte: DCI

São Paulo - De acordo com dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), nos primeiros meses de 2011 o mercado de seguros cresceu o equivalente a 21,66% ante a igual período do último ano, com total de R$ 50,059 bilhões em prêmios, valor acima da perspectiva entre 14% e 16%, estabelecida no início do ano pela Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg). A taxa média de sinistralidade caiu de 51% para 46%, mas houve aumento de 19% nos desembolsos, para R$ 13,1 bilhões. De olho nesse rentável mercado, os bancos ampliam investimentos em produtos e ganhos, como o HSBC, que faturou R$ 1,198 bilhão no período de janeiro a junho de 2011.

Entre os produtos que apresentaram desempenho mais expressivo no mercado, os planos de vida VGBL expandiram 30,4%, para R$ 20,335 bilhões em prêmios no primeiro semestre deste ano em relação ao ano passado.

No mesmo período, as vendas de produtos no segmento de pessoas aumentaram 24%, para R$ 9,328 bilhões, aponta a Susep.

As seguradoras especializadas no segmento de veículos faturaram R$ 9,894 bilhões no primeiro semestre, o que corresponde a um acréscimo de 7,1% na comparação com igual período de 2010. Já em produtos de seguro patrimonial, a elevação em prêmios chegou a 17,5%, para R$ 4,450 bilhões.

Nos primeiros seis meses deste ano, o grupo HSBC Seguros acumulou R$ 1,198 bilhões em prêmios, alta de 12% em relação ao mesmo período do ano passado, quando ficou em R$ 1,071 bilhões. No pagamento de sinistros, o banco desembolsou o total de R$ 104,560 milhões. Segundo Alfredo Lalila, diretor do HSBC Seguros, a atividade corresponde a 20% do resultado da instituição financeira no Brasil, que engloba os segmentos patrimoniais, vida, previdência aberta e fechada, e capitalização. "Destaque para vida e previdência, direcionados para o gerenciamento de riquezas", afirma Lalila.

Do total do setor de seguros, pessoa física possui 60% do volume em prêmios, já pessoa jurídica responde pelo restante, de 40%. "O grupo HSBC vê as vendas de produtos de seguros como pilares estratégicos de crescimento, principalmente nas áreas de vida e previdência. Isto porque percebemos que crescem mais rapidamente no mercado do que o patrimonial", detalha o diretor.

Em 2005, o banco parou de atuar diretamente do segmento patrimonial, ao trabalhar por meio de parcerias em produtos de automóveis, incêndio, roubo, etc. A principal sociedade ocorre com a HDI, além de parcerias com a Allianz, SulAmérica, entre outras.

O recém-lançamento da instituição na área é o Seguro Empresarial Restaurante, desenvolvido para pequenas e médias empresas, com coberturas convencionais, assistência e custos extras. "Dentro da nossa estratégia, entendemos as necessidades de cada segmento, com pesquisas sobre coberturas. O destaque está no pacote de assistência próprio e responsabilidade civil para danos a terceiros, já que há alta quantidade de público todos os dias", explica o diretor Alfredo Lalila, que acrescenta que a maior utilização esperada deve ocorrer na assistência.

Outro banco a possuir significativa participação de seguros em seus resultados é o Bradesco, com 28% da origem no primeiro semestre e total em prêmios de R$ 10,339 bilhões, segundo informações da Susep. O valor corresponde a um acréscimo de 21,52%, já que no mesmo período de 2010 o faturamento chegou a R$ 8,508 bilhões. No pagamento de indenizações, a instituição desembolsou R$ 839,948 milhões, o que corresponde a um crescimento de 25,56% em relação aos seis primeiros meses do último ano, quando o grupo Bradesco Seguros totalizou R$ 668,965 milhões.

O Itaú Unibanco também possui representativo faturamento na área de seguros, com crescimento de 27,20% no período de janeiro a junho de 2011, na comparação com igual período do último ano, de R$ 6,685 bilhões para R$ 8,503 bilhões. Em sinistro, o grupo manteve praticamente os mesmos valores, com variação de 1,27%, para R$ 1,279 bilhões.

Já a Caixa Seguros obteve R$ 2,771 bilhões em prêmios nos primeiros seis meses deste ano, uma elevação de 9,61%, quando em 2010 somou R$ 2,528 bilhões.

O grupo Santander também investe na área de seguros, inclusive com parceria firmada com a Zurich. Somente o grupo Santander Seguros obteve faturamento de R$ 2,504 bilhões até junho deste ano, crescimento de 7,19% em relação a 2010.

Já a Zurich, R$ 522,748 milhões. Para aumentar a participação de mercado e unir a rede de distribuição bancária com corretores, o Banco do Brasil e Mapfre se uniram em julho deste ano para criar um grupo segurador, com duração de 20 anos, 15,6% de participação de mercado (market share, na sigla em inglês) e 25 milhões de segurados. Nos seis primeiros meses de 2011, o grupo obteve lucro líquido de R$ 351 milhões nos segmentos de pessoas e ramos elementares. O patrimônio líquido totaliza R$ 4,5 bilhões e o Ebitda chegou a R$ 504,6 milhões.

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