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Competição no mercado de seguros tem foco em serviços

Fonte: DCI

São Paulo - O setor de seguros amplia gradualmente e a expectativa do mercado é de contínuo crescimento nos próximos anos, em torno de 15% a 20%, de acordo com a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg). De olho nesse rentável negócio, as instituições financeiras investem mais no setor e a competição promete ser acirrada nos próximos anos, principalmente entre os bancos e as companhias independentes. Com a utilização da rede bancária de distribuição, o Itaú Unibanco tem como objetivo a ampliação dos produtos no resultado total. Já a SulAmérica Seguros aposta na venda por corretores e serviços que agregam valor aos produtos.

De acordo com os dados mais recentes da Superintendência de Seguros Privados (Susep), até julho de 2011, as seguradoras faturaram R$ 58,1 bilhões no período, o que representa um acréscimo de 20,6% em relação ao mesmo período de 2010, quando chegou a R$ 48,2 bilhões. Também houve um incremento no pagamento de sinistros, de 18,5%, para R$ 15,3 bilhões. No entanto, a taxa média de sinistralidade, que corresponde ao percentual recebido e gasto, caiu de 51% para 47%.

Nos sete primeiros meses deste ano, o Itaú Unibanco acumulou R$ 7,223 bilhões nos segmentos automóveis e residência, seguros gerais, corporativos, vida e previdência, queda de 8% ante igual período de 2010, quando estava em R$ 7.858 bilhões. Entretanto, o banco aposta nos produtos de auto e residência, que cresceram 6,27%, de R$ 968,1 milhão para R$ 1,028 bilhão em prêmios. Outra importante área de atuação é a carteira de vida, com 50% do total de prêmios ganhos, ao somar R$ 5,8 bilhões.

O vice-presidente da área de seguros, previdência e capitalização do Itaú Unibanco, Marcos Lisboa, acredita que o mercado tem muito espaço para expandir no Brasil, já que representa menos de 5% do Produto Interno Bruto (PIB). "Temos o desafio para este e os próximos anos de ampliar nossa participação no mercado, assim como no resultado." No balanço de resultados do banco, divulgado até o segundo trimestre, o lucro líquido recorrente das operações respondeu por 13,1% do total do Itaú.

Como parte da estratégia de ampliação dos negócios, a instituição agrega valores aos produtos, como os serviços ambientais no seguro residencial, que começa em São Paulo e em novembro irá para Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre. Os clientes têm coleta residencial de eletrodomésticos, eletroeletrônicos e móveis, que serão levados para descarte ambientalmente correto. Ainda no pacote está incluso a orientação ambiental feita por gestores ambientais, arquitetos e outros especialistas para a redução do consumo de energia, melhor utilização da água, reciclagem de lixo doméstico etc.

A SulAmérica Seguros também aposta em serviços diferenciados para agregar valor e atrair mais clientes, principalmente em produtos da área de automóveis, que representa 24% da receita total. "O índice de satisfação e recomendação é mais alto com os clientes que utilizam os serviços extras da SulAmérica, porque agrega valor à marca", declara Érika Médici, superintendente de produtos automotivos.

A executiva destaca como produto com diferencial no mercado o SulAmérica Auto Mulher, que fornece franquia zero no primeiro conserto, troca de pneus, acompanhamento de um profissional até a delegacia junto com a segurada em caso de roubo e central exclusiva de atendimento. "Fizemos uma pesquisa de mercado para entender o que as mulheres valorizam, como a central de atendimento, pois elas não querem explicar o problema, mas sim ter a solução", explica Érika.

Com 10,5% de participação de mercado (market share, em inglês), a superintendente revela que os seguros de automóveis cresceram acima do mercado no primeiro semestre. "Enquanto o mercado faturou R$ 10 bilhões e cresceu 7%, a SulAmérica avançou 16%, com total de R$ 1 bilhão".

Na soma total de produtos, até julho deste ano, a seguradora somou R$ 1,855 bilhão, alta de 9,31% na comparação com o mesmo período do último ano, quando ficou em R$ 1,697 bilhão. De acordo com Érika Médici, o desempenho positivo da seguradora e da área de automóveis está diretamente ligado ao canal de distribuição e estratégia comercial, de ser uma companhia independente. "Está vinculado ao canal de distribuição com 30 mil corretores e com programas de relacionamento. Isto reforça a capilaridade e estamos presentes em todas as regiões."

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