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Para Moody’s, setor manterá tendência de crescimento no Brasil

Fonte: Revista Cobertura

A tendência para o mercado de resseguros no Brasil é de crescimento, entretanto uma questão que prejudicou a credibilidade do setor em relação a outras resseguradoras e investidores foram as alterações das Resoluções 225 e 232 do Conselho Nacional de Seguros, na opinião do vice-presidente Senior Analyst da Moody’s, Rodolfo Nobrega.

O executivo destaca que a principal perda de credibilidade ocorreu pela limitação de repasse de 20% dos prêmios de resseguro das locais para empresas do exterior pertencentes ao mesmo grupo, prática comum em outros mercados. “Isso é uma vantagem para multinacionais e colabora para crescimento do mercado”, equiparou.

Nobrega resssalta que antes das alterações nas regulamentações, o mercado nacional atraía mais capital estrangeiro, fator que tende a ter limitações.

Ainda em relação a resseguro, o executivo alerta para o importância do aumento da análise de riscos de crédito pelas seguradoras, por conta da abertura do mercado. “São várias companhias no mesmo risco, o que é muito mais complexo”.

O crescimento do setor de seguros nos últimos anos, conforme análise do especialista, foi impulsionado pela elevação da representatividade dos produtos de previdência. Atualmente, o ramo representa 45% da receita do mercado.

Ele menciona o foco em subscrição como o principal motivo para a solidez da rentabilidade das seguradoras. “Na crise de 2008, quando as taxas de juros chegaram a seus níveis mais baixos, as seguradoras conseguiram manter bom resultados por conta do foco em subscrição”.

A rentabilidade sólida ocorre ainda pela baixa exposição do Brasil a catástrofes naturais e pela evolução do mercado nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste. “O crescimento do setor nessas regiões contribui também para o desenvolvimento econômico do país”, frisa Nobrega.

O setor brasileiro também está bem posicionado na América Latina, com 50% do mercado, devido à força da moeda. “O Brasil está ficando cada vez mais importante no cenário econômico, e as seguradoras seguem isso”.

Entretanto, ele ressalta que a representividade de 3% no PIB é baixa, especialmente quando comparada ao setor no Chile, com 4% de presença no, e a aos de países desenvolvidos, como Estados Unidos, que atingiram 8%.

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