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Complexidade do seguro de propriedade intelectual é apontada por executivo como desafio

Fonte: Revista Cobertura

Pensar em uma proteção para propriedade intelectual está diretamente relacionado à questão de patentes. Um tanto quanto complexo, prova disso que, segundo Anthony Harvey, CCO Willis Brasil, este mercado não se desenvolveu tanto, o seguro cobre roubo de propriedade intelectual da empresa e/ou pirataria. “Não é um mercado que está totalmente desenvolvido, pois já houveram sinistros no passado que reduziram a capacidade de interesse das seguradoras”, destaca.

O que há de mais interessante, ainda de acordo com Harvey, foi o desenvolvimento de algumas ferramentas para que as empresas possam compreender quais são os riscos existentes em relação às patentes. “São ferramentas que desenvolvemos no exterior para avaliar os riscos. O sistema ajuda as empresas a pesquisarem bancos de dados de patentes e marcas registradas”, informa.

Outro ponto destacado pelo executivo da Willis Brasil é a legislação, que difere em cada país. “Com a globalização, as empresas produzem em um determinado país e comercializam seus produtos em outros. É importante entender como funciona a legislação em cada país. Às vezes uma empresa tem uma patente, mas, em determinada região, há uma proteção para uma empresa local, o que pode gerar conflitos”. Como exemplo, ele cita no Brasil o mercado de genéricos (quebra de patentes), o qual os produtos exportados podem não estar de acordo com as regras locais.

A complexidade é tamanha que Harvey avalia a dificuldade em haver uma solução para análise de seguros. “Não há uma especificação clara, exige um estudo bastante detalhado e o mercado também precisa entender melhor os riscos para dar as melhores soluções.”

Tanto que no Brasil, até o momento, não há nenhuma experiência de seguro em relação a esse risco. “Já no exterior, sabemos que o mercado vem se desenvolvendo e estudando soluções. As coberturas são muito individualizadas, já que cada atividade tem um risco diferente, além das diferenças nas legislações de cada país. Tudo isso dificulta uma solução simplificada em seguros”. Como exemplo, ele cita o risco de pirataria. “É muito difícil provar quais são as reais perdas. Por isso, é preciso haver cláusulas bem específicas para coberturas”, conclui.

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