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Empresas de corretagem abrem capital para expandir

Fonte; Valor Econômico

O mercado de corretagem de seguros anda agitado. "Estou sabendo que dois grandes grupos estão se preparando para abrir capital em 2012, passando para quatro corretoras negociadas em bolsa no país", diz Armando Vergílio, presidente da Federação dos Corretores de Seguros. Hoje, o setor conta com duas corretoras com ações em bolsa, Brasil Insurance e Qualicorp, avaliadas em mais de R$ 1 bilhão.

A onda de fusão e aquisição entre corretoras não é nova. Foi assim que surgiram as maiores corretoras do mundo, como Aon, Marsh e Willis. No Brasil, a consolidação ganhou força em 2010 e não deve parar tão cedo. Afinal, são mais de 25 mil corretoras, sendo 80% delas microempresas. E a razão é simples. Os consumidores querem pagar cada dia menos pelo seguro e as seguradoras ofertam cada dia mais facilidades via central de atendimento e internet. Com isso, o corretor precisa realmente mostrar que faz a diferença. Se não, ficará de fora da negociação.

O potencial é tão grande, que seguradores estão mudando de lado. "Temos planos de expandir nossa presença para outras regiões do país que extrapolem o eixo da região Sudeste e não descartamos a possibilidade de realizar aquisições", afirma Luis Maurette, que deixou a presidência da Liberty Seguros para assumir o comando da Willis na América Latina.

Outro segurador que passou para o lado da corretagem foi Marcelo Blay. "Após 21 anos como executivo da Porto Seguro e Itaú Seguros, era chegado o momento empreender, um desafio pessoal, e me pareceu mais coerente e responsável direcionar esforços e recursos para algo no qual acumulei grande experiência, isto é, o mercado de seguros", disse o executivo que monta a corretora Minuto Seguros, com forte posicionamento na venda de seguros pela internet.

Segundo Blay, pela ótica de investimento, a aposta no setor se dá com base no potencial de retorno. "A rota da taxa de juros é decrescente, portanto, o conforto de obtenção de retornos com base em aplicações de renda fixa perderão sua atratividade." Ele se diz surpreso com relação ao capital estrangeiro. "Investidores de fundos de private equity me procuram, buscando oportunidades de participar do momento de crescimento do país e dos negócios atrelados a consumo. Estou estudando as ofertas para poder acelerar o crescimento de minha empresa", afirma.

Marsh e Aon não descartam fusões e aquisições, mas a tônica de 2012 está no empenho de melhorar as condições das coberturas e tornar o preço mais acessível aos clientes. "2012 será marcado como um ano de transformação de nossos processos e plataformas operacionais para atender esta demanda", diz Marcelo Elias, diretor executivo de vendas da Marsh.

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