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Fenacor reivindica mais atenção do governo e inclusão do corretor no Simples

Fonte: CQCS | Pedro Duarte

A abertura do Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros contou com a presença de lideranças políticas e setoriais. Diante de uma plateia com quase 3.800 corretores de seguros de todo o país – e um público de mais de 13 mil pessoas acompanhando a transmissão online - representantes do Congresso Nacional e de entidades de classe se sucederam no microfone.

Em comum, todos enalteceram o papel do corretor e o potencial de expansão do mercado de seguros, defendendo bandeiras de importância capital, como a adoção da autorregulação da categoria, bem com a inclusão do corretor no Simples.

Os presidentes do Sincor/DF e do Sincor/PA, Dorival Alves e Paulo Tomas, respectivamente, abriram os pronunciamentos, dando boas vindas aos congressistas e ressaltando a importância de voltar às bases com mais conhecimento e melhores contatos com seguradoras e colegas.

O governador de Goiás, Marco Antonio Pirillo, relembrou seus 20 anos de contato com os corretores, em percurso de apoio recíproco à Fenacor, parabenizando o deputado federal Armando Vergílio por ter liderado a Susep e, agora, no cargo de presidente da entidade máxima da categoria. “Aqui estamos para testemunhar o dinamismo de profissionais que atuam com serviços essenciais para a proteção da população”, aponta.

O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, aproveitou para narrar que, no falecimento no seu pai, em 1988, um Seguro de Vida foi o instrumento para compra da casa da família. “A verdade é que o seguro, a cada momento da vida, torna-se extremamente necessário”, ressalta.

Já o senador Ciro Miranda agradeceu aos corretores, que cuidam da vida e do patrimônio dos cidadãos. “Seguro não é despesa, mas investimento. E o mercado de seguros vai triplicar até 2030, de forma que me comprometo a defender o corretor no Simples”, entatiza.

Momento especial

Em seguida, o presidente da Escola Nacional de Seguros, Robert Bittar, delineou o momento especial do setor. “O cenário nos enseja a tirar o melhor proveito, que não acontece sem conhecimento e aperfeiçoamento profissional”, declara.

O presidente da FenaSaúde, Marcio Coriolano, lembrou que o evento seria realizado em conjunto com o I Congresso de Saúde Suplementar. “A diretoria da Fenacor teve uma atitude visionária, porque hoje são mais de 46 milhões de brasileiros com Seguro Saúde e 15 milhões com planos odontológicos. Esses números são resultado do trabalho dos corretores, além de confirmar dados de uma pesquisa nacional, apontando o plano de saúde como o segundo maior desejo de consumo da população, atrás apenas da casa própria”.

O presidente da CNseg, Jorge Hilário Gouvêa Vieira, contou que, há 26 anos já se discutia no Congresso a necessidade do governo incentivar a livre concorrência, bem como o papel do corretor no desenvolvimento do país. “Nesse sentido, a regulamentação do microsseguro entusiasma entidades e corretores, além dos seguros para infraestrutura, por causa da Copa e das Olimpíadas”.

Já o superintendente da Susep, Luciano Portal Santanna, fez a ressalva sobre a importância do corretor na orientação aos consumidores. “A Susep planeja um campanha publicitária para que as pessoas busquem a contratação de seguros apenas com corretores”, antecipa.

Além disso, Santanna informou que o CNSP vai analisar a normativa que cria a autorreguladora da corretagem de seguros. A reunião está prevista para se realizar na próxima terça-feira (29/11).

Barreiras tributárias

O corretor, deputado federal e presidente da Fenacor, Armando Vergílio dos Santos Junior, frisou que há uma enorme janela de oportunidades para o mercado de seguros, defendendo a autorregulação. “Já disse e repito que só existem dois tipos de corretores contrários à proposta: aqueles que não conhecem os benefícios dessa importante ferramenta e aqueles que são bandidos infiltrados na classe”, avalia.

Para resolver o problema, Vergílio pediu prioridade e celeridade da Susep na edição das normas da autorreguladora. “O objetivo é ter uma entidade nacional e despolitizada, que será um atestado de maioridade de todos os corretores e, por isso, deveremos criar um mecanismo para que nenhum diretor de Sincor faça parte da autorreguladora”.

Sobre o setor de serviços, que se torna cada vez mais importante na economia do país, Vergílio sustentou que, no entanto, falta o incentivo do poder público na prática de políticas fiscais, entre outros aspectos.

“O corretor ainda é esquecido e discriminado. Mas chegou a hora de dar um basta, pois o mercado de seguros brasileiro tem o potencial de alcançar o mesmo nível dos países desenvolvidos. No entanto, precisamos eliminar barreiras tributárias, tecnológicas e de capacitação”, finaliza.

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