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Lucro da SulAmérica cai 19% com aumento de indenizações

Fonte: Valor Online

SÃO PAULO - O crescimento das receitas não foi suficiente para compensar o aumento no número de sinistros, que derrubou o resultado da SulAmérica no terceiro trimestre. O lucro líquido da seguradora foi de R$ 98 milhões, queda de 19,6% em relação ao mesmo período de 2010, quando o resultado foi de R$ 121,8 milhões.

"A queda está basicamente associada ao aumento na sinistralidade das carteiras de automóveis e saúde", diz Arthur Farme d'Amoed Neto, vice-presidente de controle e relações com investidores da SulAmérica.

A sinistralidade da seguradora foi de 76,2% no trimestre, aumento de 5,7 pontos percentuais na comparação anual. Na carteira de saúde, o índice de sinistros pulou de 76,6%, no terceiro trimestre do ano passado, para 81,6%, neste. Na carteira de automóveis, o avanço foi de 62,1% para 68,1%.

Farme analisa que, no ramo da saúde, o aumento da sinistralidade foi causado por um crescimento da frequência de utilização das coberturas. Uma das razões dessa frequência maior seria o aumento da propaganda de prestadores de serviços de saúde - como laboratórios - que estaria levando mais pessoas a fazerem exames.

Já em veículos, Farme aponta três fatores que teriam sido responsáveis pelo aumento dos sinistros. Primeiro, um aumento no custo de peças e de mão de obra encareceu os consertos em casos de perdas parciais. Segundo, o número de roubo de carros parou de cair. Por fim, ele conta que a queda no preço dos seguros de auto - possibilitada por maiores ganhos com operações financeiras quando a Selic estava numa trajetória de alta - trouxe para a carteira veículos com maior probabilidade de sinistro.

A seguradora, porém, acredita que a sinistralidade deve cair no próximo trimestre. Segundo Farme, já houve medidas para controlar os custos nas duas principais linhas. Na saúde, a companhia intensificou a auditoria de contas médicas e endureceu a política de pré-autorização. Nos veículos, vem tentando renegociar os contratos com as oficinas. Nos dois casos, a seguradora espera repasse gradual nos preços das coberturas.

A receita da seguradora no segundo trimestre totalizou R$ 2,4 bilhões, aumento de 9,6% na comparação anual. A carteira de saúde e odontologia, que respondeu por 66,5% do faturamento total, cresceu 18,1%, com receita de R$ 1,6 bilhão. Já a carteira de veículos apresentou receitas de R$ 581,4 milhões, recuo de 5,5% contra o ano passado.

"Apesar das quedas nos lucros vemos o trimestre como muito positivo. Estamos contentes com o desempenho de vendas e enxergamos uma profunda recuperação em relação ao trimestre imediatamente anterior", diz Farme. Em relação ao lucro do segundo trimestre deste ano (R$ 30 milhões), o resultado do terceiro trimestre subiu 227,1%.

Conforme a política de pagamento de dividendos trimestrais da companhia, a seguradora pagará R$ 0,036 por unit, no montante de R$ 10 milhões. O pagamento provento relativo ao terceiro trimestre será realizado no dia 18 de novembro.

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