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Preocupação com o futuro reflete nas vendas de planos para jovens

Fonte: Brasil Econômico

Segmento de previdência para juniores ainda engatinha no mercado brasileiro, mas Brasilprev, Bradesco, Itaú Unibanco e HSBC sabem que o potencial é imenso e lançam produtos novos

Seja para garantir a educação no futuro, proporcionar uma vida melhor, a compra do primeiro carro ou apartamento, ou para investir no primeiro negócio, pais, avós e tios recorrem cada vez mais aos planos de previdência para presentear os jovens. Afinal, esta é uma maneira de poupar a longo prazo e, ainda, obter abatimento no imposto de renda (seja por meio de um plano PGBL, que permite dedução das contribuições mensais quando o contribuinte utiliza o modelo completo de declaração do Imposto de Renda, seja via VGBL, que isenta de IR os ganhos do investimento). Muitos planos também oferecem benefícios complementares.

O produto ainda engatinha no Brasil - das quatro instituições ouvidas, a pioneira Brasilprev é a que tem os números mais expressivos.

Mas as perspectivas são animadoras.

Por várias razões: a ascensão de brasileiros à classe média tem aumentado a quantidade de consumidores potenciais, cada vez mais preocupados com o futuro dos filhos (principalmente com educação); as próprias instituições têm investido em estratégias nesse sentido, desde marketing até adequação dos canais de distribuição ao público emergente; e o tema "educação financeira" vem ganhando espaço na mídia, e consequentemente, a atenção da população.

Nesta época do ano, particularmente - entre o Dia das Crianças e o Natal - a procura cresce em média 10% a 20%, segundo os entrevistados.

Outra razão, detectada pelo diretor executivo do Itaú-Unibanco, Osvaldo do Nascimento, é que pais e avós da nova classe média muitas vezes preferem comprar planos para os jovens membros da família do que para eles mesmos. "Já os clientes das classes A e B investem primeiro para si, depois para os filhos", diz. O executivo revela, ainda, que as famílias estão fazendo planos para seus dependentes cada vez mais cedo: "Na nossa carteira, a média é 7 a 11 anos, mas nos planos vendidos recentemente a faixa caiu para 3 a 6 anos." Lucio Flavio de Oliveira, diretor da Bradesco Vida e Previdência, confirma a tendência de crescimento, mas lembra, no entanto, que nem todo plano feito em beneficio de jovens - filhos, netos, sobrinhos ou afilhados- entra na carteira do grupo com essa classificação. "Por motivos pessoais, muitos colocam o menor como beneficiário, mas fazem o plano em seu próprio nome." O executivo do Bradesco também nota uma maior procura por planos para jovens por parte da nova classe média, mas segundo ele, a prioridade ainda é, pela ordem, seguro saúde e seguro de vida-a previdência vem a seguir. No caso do Bradesco, diz, há uma preocupação em dar consultoria aos clientes, entender suas necessidades e oferecer a melhor alternativa. Ele admite que o mercado, de forma geral, ainda precisa trabalhar para melhorar a qualificação da oferta do produto.

Os planos para jovens são semelhantes aos tradicionais, mas muitos agregam benefícios específicos. O plano Prev Educar, do Santander, oferece, por exemplo, remoção da escola em caso de a criança sofrer um acidente; e pagamento de aulas particulares se houver afastamento da escola por motivo de doença.

Além disso, a taxa de carregamento do plano pode cair de 3% para zero, de acordo com o prazo de permanência e patrimônio acumulado- o mesmo vale para as taxas de administração cobradas pelos fundos de investimento onde o dinheiro do plano é aplicado.

Richard Seegerer, gerente executivo de produtos de previdência privada (para pessoas físicas e empresas) do Santander, informa que o Prev Educar, nas opções PGBL e VGBL, oferece tíquetes de entrada baixos, a partir de R$ 50 por mês. "Os planos são muito flexíveis, a criança pode tanto fazer o resgate para pagar estudos quanto comprar seu primeiro carro ou montar seu primeiro consultório dentário, por exemplo. Mas também pode levá-lo para sua própria aposentadoria", diz o executivo.

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