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Previdência Privada:: Fim de ano concentra maior volume de negócios

Fonte: Brasil Econômico

O ingresso do 13º salário no bolso amplia as condições de poupança, e o benefício no IR funciona como segundo estímulo

Tradicionalmente, em novembro e dezembro os negócios aceleram no mercado de previdência complementar aberta no país. Em 2011, não está sendo diferente, garantem os executivos do setor. Conforme perspectivas de Marco Antonio Rossi, presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), o crescimento no período ficará em torno de 20%. Lúcio Flávio de Oliveira, diretor- presidente da Bradesco Vida e Previdência, prevê que o último bimestre represente entre 23% e 24% do total de negócios realizados no ano pela empresa. "É um volume alto porque já tivemos um crescimento forte em2011." No Santander, esse também é o período mais forte, afirma Richard Seegerer, superintendente de produtos de previdência do banco. "No último trimestre, captamos o mesmo montante dos líderes de mercado." Volume de 3 meses Os últimos meses do ano costumam representar cerca de 25% do total das transações anuais porque neste período há um aumento de renda oriundo de 13º salário e bônus, entre outros recursos extras recebidos pelos trabalhadores formais, explica Mauro Guadagnoli, superintendente de produtos da Brasilprev, que tradicionalmente arrecada em dezembro um volume equivalente a três meses de negócios. "As pessoas começam a fazer suas contas e veem que tem algum dinheiro para investir", diz Guadagnoli. A demanda é maior porque este também é o período decisivo para adquirir um plano previdenciário e conseguir abater o investimento, ou parte dele, no Imposto de Renda (IR), a ser declarado no próximo ano, explica o especialista em produtos de previdência privada e complementar, Miguel Leôncio Pereira.

Também professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), Pereira diz que o contribuinte pode abater da base de cálculo do IR até o limite de 12% da renda tributável anual, somando todas as fontes.

"Mas isso só é aplicado às pessoas que fazem a declaração anual pelo modelo completo e para aquelas que optaram em fazer um PGBL, que é o plano que garante esse incentivo fiscal", lembra o professor.

O IR sobre esse tipo de aplicação, incluindo montante acumulado e rendimentos, somente será recolhido quando o recurso for resgatado.

No entanto, segundo Seegerer, a curiosidade é que o produto que mais capta não é o PGBL. "O mercado cresce como um todo por questões culturais, mas é o VGBL que mais capta porque é nele que se concentra o grande volume de quem não declara IR ou faz declaração simplificada e de quem investe acima dos 12% previstos em incentivos fiscais na previdência", afirma.

Dos R$ 33 bilhões arrecadados até agosto, o VGBL recebeu um volume de depósitos de R$ 26,8 bilhões, 25,6% de crescimento em relação ao mesmo período de 2010, enquanto o PGBL contabilizou depósitos de R$ 4 bilhões, uma alta de 13,5% na mesma comparação.

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