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Jovens devem começar a poupar cedo e reajustar valores aos poucos

Fonte: Valor Econômico

Por Roseli Loturco | Para o Valor de São Paulo

Começar a poupar cedo para garantir um futuro melhor não é algo que costuma estar na mente de pessoas mais jovens, mas começa a fazer parte do planejamento familiar. Essa é uma iniciativa cada vez mais comum e chama a atenção pela diversidade de interesses envolvidos. Poupar para garantir um futuro melhor para os filhos, está na meta de 80% dos pais quando contratam um plano de previdência júnior, segundo especialistas.

O grande desafio dos pais é educar os filhos para que criem o hábito de poupança de longo prazo, assim que tiverem a sua própria renda. O ideal é que o jovem comece com valores menores e vá reajustando ao longo do tempo, conforme sua carreira for se desenvolvendo.

"Quanto mais cedo começar, o acúmulo de renda será maior, o que cria a possibilidade de uma aposentadoria com mais regalias, e sem sufoco", defende Richard Vinhosa, presidente da Zurich Vida e Previdência. Mas para que as contribuições mensais não sejam interrompidas, Richard alerta para a necessidade da organização das finanças antes de iniciar o plano de previdência complementar. É essencial definir o nível de vida que se quer ter, considerando os gastos no futuro, principalmente em itens como saúde, que consome uma parcela significativa da renda do aposentado.

Em simulação feita pela seguradora para o Valor , é possível visualizar a relação entre tempo de contribuição versus rendimento futuro. Uma pessoa que começou a poupar aos 20 anos e projetou se aposentar aos 60 anos, com uma renda vitalícia de R$ 3 mil por mês, tem que contribuir mensalmente com R$ 445,23, enquanto que outra, que começou a contribuir aos 30 anos, precisa desembolsar quase o dobro (R$ 871,58) para atingir os mesmos R$ 3 mil de renda. Agora, se começa seu plano aos 40 anos, até os 60 anos, tem de obrigado a investir R$ 1.873,16 ao mês para conquistar a renda de R$ 3 mil.

Mas como planejar corretamente? A diretora de seguros e previdência da SulAmérica, Carolina de Molla, dá dicas do que é preciso considerar na hora de contratar um plano de previdência. Um dos pontos importante é ao definir o seu perfil de investidor não confundi-lo com o seu perfil pessoal. "Você pode adorar esportes de aventura, como pular de paraquedas, mas detestar correr riscos financeiros", afirma Carolina, que observa que houve um certo rejuvenescimento expressivo na carteira de previdência da SulAmérica nos últimos seis anos. Em 2005, a idade média de contratação dos planos era de 41,5 anos. Atualmente, é de 34,5 anos, mostrando que as pessoas começam a investir mais cedo e de forma planejada. "O investidor cada vez está se conscientizando mais cedo de que é preciso se programar para não passar apuros na aposentadoria", acredita a executiva.

Uma outra dica relevante é que o valor acumulado para a aposentadoria dever ser usado exclusivamente para este fim, e terá que durar um período de 20 anos a 30 anos, acompanhando o aumento da expectativa de vida da população brasileira. Algumas pessoas acham que ficaram "ricas" e usam o valor acumulado para outros fins, como a compra de um imóvel ou o início de um negócio próprio, e não se dão conta de que aquele valor usado para outro fim fará falta no futuro para a manutenção das condições de vida delas.

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