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Previdência deve atingir 14% do PIB, projeta a Brasilprev

Fonte: DCI

são Paulo - O mercado de previdência privada aberta possui hoje, no acumulado de janeiro a setembro de 2011, R$ 255 bilhões de recursos financeiros sob gestão, um crescimento de 21,9% sobre o mesmo período do ano anterior. Para o final deste ano, a estimativa é de encerrar na faixa de R$ 273 bilhões, o que corresponde a 7% de participação no Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi). Já a Brasilprev, projeta que o ritmo de expansão deve permanecer acelerado nos próximos anos, ao atingir 14% do PIB em 2019, com total de R$ 1 trilhão em ativos sob gestão.

Segundo Sérgio Rosa, presidente da BrasilPrev, o volume de recursos representa metade dos planos de previdência fechada (fundos de pensão) e está diretamente relacionado ao positivo momento da economia brasileira. "Há um contexto diferenciado de emprego e renda, que impacta a poupança previdenciária". As taxas de desemprego estão inferiores a 7%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Outra oportunidade para o mercado de previdência complementar, segundo Rosa, vem com o desafio de retenção de profissionais de qualidade por parte das empresas, que podem utilizar os planos como benefícios.

De acordo com a Fenaprevi, a arrecadação do mercado de PGBL e VGBL cresceu 22,3% nos primeiros sete meses deste ano, para R$ 34,87 bilhões. A captação líquida apresenta acréscimo de 21% em dez meses, para R$ 19,3 bilhões, ante outubro do último ano.

No caso da Brasilprev, o presidente da companhia ressalta a expansão acima do mercado nos nove primeiros meses de 2011. Em arrecadação também em PGBL e VGBL, o crescimento foi de 35,4%, para R$ 8,195 bilhões, sendo que outubro a soma já chega a R$ 9,054 bilhões. O índice de resgate também fica abaixo, de 8,9%, enquanto o mercado está em 11,5%. Este índice, junto ao crescimento da arrecadação, garante a liderança em captação líquida, com 33,8% de participação de mercado (market share, na sigla em inglês), aponta Rosa.

No que se refere aos ativos sob gestão, a Brasilprev apresenta expansão de 35%, para R$ 46,8 bilhões em outubro. "Até o final do ano, devemos chegar a R$ 50 bilhões", revela Sérgio Rosa, que acrescenta: "A disputa pela liderança ficou ainda mais acirrada neste ano, o que permitiu que o mercado mantivesse um ritmo forte de crescimento. As vendas dos planos VGBL impulsionaram esta aceleração, com evolução de 23,8% no mercado e de 40,7% na Brasilprev, quando comparamos o acumulado até os meses de setembro de 2010 e 2011".

Dos 1,6 milhão de planos administrados pela companhia, 24% correspondem a clientes de renda de até R$ 4 mil e com saldo no plano de até R$ 10 mil. Do total, 54% são BrasilPrev Junior, os planos voltados às pessoas com até 21 anos pagos pelos responsáveis; 35% individuais e 10% empresarial. "Em arrecadação líquida o individual é o que mais se destaca, mas o que apresenta maior volume de crescimento é o empresarial", reforça o presidente da Brasilprev. Entre janeiro e setembro de 2011, a companhia obteve incremento de 18,6% em reservas nos planos empresariais, ao passo que no mercado a evolução foi de 17,9%.

No plano direcionado às empresas, o tíquete médio chega a R$ 244 mensais em setembro de 2011, alta de 6% ante o mesmo mês do ano anterior. Já na previdência para crianças, o tíquete médio é de R$ 68 por mês.

Rentabilidade

Com base em taxa real de 5% ao ano, a gerência de controle de investimentos da Brasilprev estipula o total de investimentos mensal necessário para constituir uma reserva de R$ 300 mil até os 55 anos. Com entrada aos 15 anos, o previdenciário necessita investir R$ 201 durante 40 anos, sendo que 68% corresponderão a rentabilidade e 32% ao depósito. Já com entrada aos 45 anos, o contribuinte necessita depositar R$ 1,935 mil por mês durante 10 anos, Do total, 23% vem do rendimento e 77% de contribuições.

Para produzir a rentabilidade aos fundos, a Brasilprev aloca 95% dos ativos em renda fixa, com 30% em crédito privado (CDB, Letras Financeiras, debêntures, etc) e o restante em títulos públicos. "Há a tendência de que com a queda da taxa básica de juros [Selic] haja a necessidade de diversificação maior da carteira", esclarece Sérgio Rosa.

Em outubro, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) permitiu a aplicação de parte dos recursos em Letras Financeiras, o que já é feito pela Brasilprev, mas ainda em escala baixa, de no máximo R$ 500 milhões.

A Brasilprev possui como acionistas o Banco do Brasil e o Principal Financial Group, com 25% do capital total. "Ambos tem votação e membros no conselho de administração. A Principal teve uma decisão acertada em diversificar a atuação em países emergentes", esclarece Rosa.

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