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Seguradoras comemoram 2011

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Carteira de investimento dos mercados de seguros, previdência complementar aberta e capitalização chega a R$ 444 bilhões, recursos que já representam 11% do PIB

A última década tem sido bastante favorável para a atividade de seguros, mas nenhum ano foi melhor do que 2011, que deve fechar com expansão acima de 17%, segundo opinião das principais lideranças do setor, que manifestam ainda otimismo quanto ao crescimento das vendas em 2012, apesar da crise econômica que assola a Europa e os Estados Unidos. "Pode até ser que o desempenho espetacular deste ano não seja repetido no ano que vem. Mas, com certeza, teremos um resultado importante", disse o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), Jorge Hilário Gouvêa Vieira.

Segundo ele, a poupança constituída pelo mercado de seguros, previdência complementar aberta e capitalização já soma mais de R$ 444 bilhões, o equivalente a 11% do Produto Interno Bruto (PIB), o que realça a importância da indústria de seguros no contexto da economia nacional. Contudo, o presidente da CNSeg lamenta a falta de reconhecimento. "Seríamos ainda mais eficientes se fôssemos devidamente reconhecidos pela sociedade, os formadores de opinião e pelos poderes Executivo e Legislativo", acrescentou.

Otimista também está o presidente da Federação Nacional de Previdência e Vida (Fenaprevi), Marco Antonio Rossi, para quem 2011 "vai ficar na lembrança de todos".

ALTA GENERALIZADA.

Segundo Rossi, há muito espaço a ser ocupado, até porque "nossa penetração no PIB ainda é muito pequena". Ele disse ainda que há muito que celebrar. "A regulamentação do microsseguro e ações tais como o projeto da CNSeg na comunidade do Santa Marta, no Rio, são alguns dos motivos para comemoração", assinalou o executivo, que também preside o grupo Bradesco Seguros.

Na avaliação do presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), Jayme Garfinkel, a maior prova do bom momento do mercado é que praticamente todas as carteiras de seguros cresceram este ano em ritmo acentuado. "Registramos incremento de 16% nos seguros patrimoniais, 53% na cobertura de riscos financeiros, 19% no ramo de transportes de mercadorias e 22,5% nas apólices de responsabilidade civil. Foi um excelente ano", comemorou Jayme Garfinkel. Expansão discreta, no segmento patrimonial, foi verificada, contudo, no seguro de veículos, em torno de apenas 6,5%.

Na área de saúde, o combustível para o crescimento da receita apurada foi a soma de mais empregos e maior renda. "Este ano foi o mais importante para o segmento de saúde suplementar. Tivemos muitas mudanças na legislação e o número de vidas cobertas cresceu 10%. Acreditamos que os reflexos positivos causados por essa questão da renda e do emprego permanecerão em 2012", observou o presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde), Márcio Coriolano.

CAPITALIZAÇÃO.

Segundo ele, a única preocupação do setor é a chamada "inflação médica", que tem forte influência nos custos da saúde. Para Márcio Coriolano, controlar essa questão é o grande desafio do setor.

Na área de títulos de capitalização, o desempenho também foi bom e comemorado. De acordo com o presidente da Federação Nacional de Capitalização (Fenacap), Paulo Caffarelli, a captação de receita cresceu 15% neste ano e repetirá esse ritmo no ano que vem. "Faturamos R$ 13,5 bilhões e devolvemos para a sociedade R$ 11 bilhões na forma de sorteios e resgates. Foram distribuídas em 2011 cerca de 300 mil premiações. Hoje, 40 milhões de brasileiros possuem títulos de capitalização", revelou o executivo.

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