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Seguros: Queda de juro desafia quem trabalha com modalidade

Fonte: Brasil Econômico

Sustentar resultado em aplicações financeiras ficará mais difícil em 2012

Outra razão que levará as empresas a elevarem os preços de seguros de automóveis em 2012 é a queda da taxa básica de juro, em um cenário de menor crescimento econômico mundial.

Isso porque em uma modalidade como a do automóvel, em que existe alta competitividade e as margens são baixas, as companhias têm boa parte de seus resultados sustentados não pela venda do seguro em si, mas pela aplicação das reservas técnicas - montante provisionado para indenizações que é investido pelas seguradoras no mercado financeiro. Em julho, as reservas estavam em R$ 310 bilhões, de acordo com a Confederação Nacional das Empresas de Seguro (CNSeg).

O problema é que no próximo ano, com o juro em baixa, o retorno das aplicações financeiras ficará mais difícil, já que grande parte dos recursos das seguradoras, mais precisamente 51%, está em fundos de investimento em renda fixa que possuem títulos do governo atrelados ao juro básico.

"Estamos repassando até o resultado financeiro ao cliente", diz Paulo Umeki, vice presidente da área técnica da Liberty Seguros, sobre a estratégia de transferir para os preços do seguro de automóvel os ganhos que se tem no resultado das aplicações das reservas técnicas, o que será mais difícil no próximo ano. De acordo com Umeki, em 2012 haverá uma retração do mercado interno por conta do cenário econômico mais difícil. "O próximo ano vai ser bastante interessante, vamos ter trabalho na modalidade", afirma.

O diretor de Relação com Investidores da SulAmerica, Arthur Farme d'Amoed Neto, diz que neste ano prevaleceu na carteira de automóveis o aumento da competitividade em preços, com as seguradoras com capacidade de reduzir os valores. Para se ter uma ideia, a companhia cresceu 16% até junho com a carteira de automóvel. Mas para 2012 ele acredita em um cenário mais difícil.

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