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Apesar da crise, previsões econômicas para o setor são otimistas

Fonte: Revista Cobertura

Para economista, investimentos de grupos estrangeiros no mercado segurador brasileiro, fusões e nível profissional do corretor blindam o país

Por Camila Alcova

Um retrospecto econômico dos últimos cinco anos, além de uma exposição otimista para o mercado segurador brasileiro face à crise econômica mundial, foram explanados por Francisco Galiza, diretor da Rating de Seguros e consultor do Prêmio Cobertura-Performance, ontem, 11 de janeiro.

Em palestra promovida pela Sociedade Brasileira de Ciências do Seguro e pelo Sindicato dos Securitários do Estado de São Paulo, o economista ressaltou que a crise econômica eclodida em 2008 estimulou as seguradoras, inclusive as brasileiras, em relação às regras de solvência.

Como consequência, conforme Galiza, nos últimos quatros anos grande parte das companhias tem apresentado situação positiva de solvência. “De modo geral, as seguradoras estão lucrativas e capitalizadas”.

Fatores como investimentos de grupos financeiros no país, fusões e eventos com demanda securitária, como a Copa do Mundo em 2014, também foram destacados como proteção para as seguradoras brasileiras contra a crise.

O mercado para a corretagem também é enxergado positivamente por Galiza. Inclusive, alguns fatores constatam essa realidade, como a previsão de crescimento do canal pelas seguradoras, o nível profissional da categoria, a familiarização com a internet, criação de produtos e formação de conglomerados financeiros.

Retrocesso

Em sua palestra, Galiza relembrou ainda questões que facilitaram a crise de 2008, como falta de sinalização das empresas de rating sobre ativos negativos. “As empresas que possuíam títulos securitizados deveriam ter sinalizado que havia ativos ruins”, opina.

De acordo com ele, no Brasil não houve quebra de seguradoras, semelhante à AIG, por decorrência de ativos financeiros, pois as companhias brasileiras, com aval da Susep, não têm o hábito de realizar aplicações sofisticadas de derivativos, principalmente pelos juros elevados.

Além disso, o economista mencionou problemas de liderança, como a presenciada na Grécia na crise iniciada em 2011 no continente europeu.

As perspectivas para o setor brasileiro como um todo são otimistas, já que o país reagiu positivamente às duas últimas crises econômicas. Um exemplo disso é o crescimento ininterrupto de cerca de 15% nos últimos dez anos, explicou o economista com base em estudo formulado para o Sincor-SP.

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