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Orizon traça perfil médico dos clientes de convênios

Fonte: Valor Econômico

Saúde Dados são usados por empresas em programas de prevenção

Beth Koike

A cada minuto os computadores da Orizon - empresa que pode ser comparada a uma Cielo na área da saúde - processam 325 solicitações de consultas médicas, exames, cirurgias ou de internações. Os volumes são grandiosos, mas a principal tendência do setor de saúde é transformar esses números em informação qualitativa.

Empresas como a Orizon conseguem acompanhar a rotina médica dos clientes de convênios médicos e traçar o seu perfil. Essa informação atrai interesse de empresas que podem adotar programas de prevenção e gestão de doenças crônicas, embora elas não recebam dados individuais de funcionários e sim do total da equipe. A empresa pode oferecer um benefício farmácia. Os gastos com remédios com certeza são menores do que as despesas de uma internação ou cirurgia, que afetam o custo do plano de saúde, explicou Sergio Santos, presidente da Orizon.

No ano passado, a Orizon foi responsável por 121 milhões de transações e teve faturamento de R$ 120 milhões, alta de 25% quando comparado a 2010. Para este ano, a meta é repetir esse percentual de crescimento.

De olho nessa tendência de uso das informações, a Unidas, entidade que reúne planos de saúde de autogestão, assinou uma parceria com a Orizon. Cerca de 22% dos nossos beneficiários têm mais de 60 anos, faixa etária em que o uso do plano de saúde é maior. No mercado, esse percentual é de 11%. Por isso, é muito importante conhecermos o perfil dos nossos associados para adotar programas específicos de prevenção, disse Denise Rodrigues Eloi de Brito, nova presidente da Unidas.

Dos 140 associados da Unidas, quase metade são pequenas operadoras com até 20 mil clientes sem recursos financeiros para arcar com o custo dos serviços prestados pela Orizon. Com a parceria, o custo por transação será em média 40% menor se comparado a um contrato individual, disse Santos. O difícil é que, com a parceria, as operadoras de autogestão que já eram nossas clientes agora vão pedir para renegociar o contrato, brincou o presidente da Orizon. Ainda assim é uma parceria que vale a pena porque temos a chance de vender outros serviços como o benefício farmácia para os associados, complementou João Paulo de Mattos, diretor de novos negócios da Orizon.

A empresa também é responsável por transações de compra de remédios adquiridos com desconto ou gratuitamente. Em 2011, enviamos 60 mil medicamentos para pacientes crônicos e autorizamos 600 mil transações de compra de remédios, disse Mattos.

A Unidas representa 5,5 milhões de clientes de 140 planos de autogestão - aqueles mantidos pela própria empresa como a Sabesprev, convênio médico criado pela Sabesp para seus empregados.

A experiência da Orizon tanto em transações eletrônicas como em saúde não é à toa. Fundada em 2007, a companhia tem como acionistas a Cielo, com participação de 40,95%, a Bradesco Seguros, com 41,85%, e a Cassi, plano de autogestão do Banco do Brasil com uma fatia de 17,20%. Somos uma start-up bem nutrida. Nossos acionistas são também investidores porque contratam nossos serviços, disse Santos. A empresa tem 110 clientes entre planos de saúde, clínicas, hospitais e laboratórios.

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