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Previdência Privada: Classe C contribui pouco, mas com regularidade

Fonte: Brasil Econômico

Pelos critérios do Data Popular, segmento tem renda familiar que varia entre R$ 1 mil e R$ 4 mil

Os segmentos de menor poder aquisitivo também estão mira das empresas de previdência privada. "A classe C forma poupança de longo prazo pela regularidade nos aportes de recursos e não pelo volume alto de contribuições", acredita Osvaldo Nascimento, diretor executivo de produtos de investimento e previdência do Itaú Unibanco.

Segundo o executivo, a previdência privada democratizou o acesso à poupança de longo prazo para esse segmento da população, uma vez que nem as cadernetas de poupança, nem os fundos de investimento podem ser iniciados com aporte inferior a R$ 50,00. "Mesmo com a taxa de carregamento (que incide sobre todas as contribuições efetuadas a um plano de previdência, destinada ao custeio da instituição com corretagem e venda do plano) sendo percentualmente alta - varia entre 3% e 3,5% das contribuições-o montante descontado do cliente é baixo para uma contribuição mensal de R$ 50,00", acredita Nascimento.

Pelos critérios do Data Popular, instituto de pesquisa e consultoria, a classe C tem renda familiar que varia entre R$ 1 mil e R$ 4 mil. A Brasilprev, braço de previdência privada do Banco do Brasil (BB) realizou um estudo no qual aponta que dos 1,6 milhão de planos de benefício da companhia, 25%, ou 420 mil, têm renda mensal de até R$ 4 mil ou saldo acumulado de até R$ 10 mil. Destes, 54% ou 228 mil planos são voltados a filhos, sobrinhos e netos. "É um segmento da população cujo índice de alcance pode crescer muito nos próximos anos", afirma Sérgio Rosa, presidente da Brasilprev.

Dos clientes que têm planos para menores de idade, 50% possuem 2º grau, 91% são pais e mães e 41% tem idade entre 31 e 40 anos. A idade do beneficiário está concentrada entre 7 e 14 anos (42%), seguidos pela faixa etária de até 6 anos (33%). Além disso, 43% desses clientes estão no Sudeste, região com a maior representatividade.

O ticket médio mensal de contribuição é de R$ 68,00, enquanto o restante dos planos de benefício da Brasilprev (exceto base cuja renda é de R$ 4 mil) somam aporte mensal de R$ 139,00. "Esses segmento da população está aprendendo a poupar e o pouco que sobra é destinado ao futuro dos filhos", diz Rosa. "Prova disso é que o montante aguardado será destinado à educação", completa o presidente da companhia.

Contraponto Helder Molina, presidente da Mongeral Aegon, acredita que a população de menor poder aquisitivo não precisa de planos de acumulação, tais como o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) e o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) com vistas à aposentadoria, uma vez que o atual patamar de salário é coberto pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). "Os segmentos da população de menor poder aquisitivo precisam de planos que cubram invalidez e morte", aponta.

Para o executivo, os planos de previdência privada são indicados para a parcela da população que tem renda superior a 10 salários mínimos (atualmente calculado em R$ 6.220,00).

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