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Faturamento deve chegar a R$ 246,8 bi

Fonte; O Estado - CE

O mercado de seguros brasileiro está em forte crescimento, principalmente no que se refere à contratação dos seguros relacionados às pessoas (vida, saúde, odontológico e previdência). De acordo com a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais (CNSeg) o mercado de seguros apresentou crescimento de 17,1% em 2011, com arrecadação de R$ 218,6 bilhões. Para 2012, estima-se incremento de 12,8%, ao alcançar R$ 246,8 bilhões.

Entre os tipos de seguros mais procurados - visto como outra possibilidade de expansão - é o seguro de pessoas, o qual está nos projetos de lei que obrigam a contratação de seguro de vida para diversas categorias profissionais. Entre elas, destacam-se os seguros de vida para jornalistas (Projeto de Lei 239/11), policiais (nove, ao todo, sendo o mais recente o de número 1.453/11), jogadores de futebol (Projeto de Lei 531/11), motoboys (Projeto de Lei 266/11) e para todos os empregados de empresas com CNPJ (Projeto de Lei 3.003/11). O mercado brasileiro atualmente tem se projetado para ações em prol da segurança em construções, responsabilidade civil e demais ramos ligados aos empreendimentos em processo para a área de engenharia civil e naval.

No Ceará, de acordo com o Sindicato dos Corretores de Seguros, Capitalização, Previdência Privada e de Empresas Corretoras de Seguros (Sincor/CE), os seguros mais contratados no Estado foram seguro de benefícios (vida, capitalização, acidentes pessoais) e automóvel.

DESEMPENHO DO MERCADO

Ao falar sobre o momento atual do mercado de seguros, a diretora técnica da seguradora Life Insurance , Luciana Santana, informa que, em 2011, "a empresa de consultoria e assessoria em seguros faturou R$ 2,6 milhões e a expectativa é alcançar R$ 3,5 milhões este ano". A empresa - presente no mercado há 14 anos - oferece cobertura em saúde, odontologia, previdência, vida, automóvel, acidentes pessoais, condomínio, empresarial , residencial, transporte de carga e riscos de engenharia.

A cada trimestre do ano passado, em média, duas empresas contrataram a seguradora, levando em conta o tempo de negociação e fechamento das mesmas, segundo Santana. "Em 2011, totalizamos um crescimento na carteira de 3,4 mil vidas e, com isso, já são mais de 20,7 mil vidas asseguradas", informa Luciana, acrescentando que o seguro mais vendido pela empresa foi o de saúde, com 50%, seguido pelo odontológico (30%) e de vida (10%). Os outros 10% foram para os demais seguros oferecidos como previdência, automóvel, acidente pessoal. "Em 2012, os seguros mais vendidos em janeiro foram o de vida e odontológico, complementando benefícios extras aos colaboradores de forma geral. Em 2011, o seguro mais vendido em janeiro foi o de saúde", adianta.

BOM MOMENTO REQUER

O corretor de seguros possui responsabilidade civil e criminal pelo que intermedia e, muitas vezes, o consumidor não tem ciência destas normas regulamentadoras. Caso o corretor de seguros seja citado em uma situação irregular, a seguradora poderá encaminhar um ofício à Superintendência de Seguros Privados (Susep), solicitando o cancelamento de seu registro ou suspensão.

O presidente do Sincor/CE enfatiza que a falta de informação para a população sobre o que é o seguro e a informalidade do próprio corretor - já que muitos não tem o seu registro na Susep - e alguns que são registrados, têm a profissão como um "bico" são alguns problemas existentes no mercado.

Porém, Manoel Nésio saliente que, se o segurado contratar um seguro com um corretor de seguros devidamente habilitado/registrado, ele terá toda a garantia do mercado, pois caso este corretor/seguradora venha a cometer um erro, estão passivos a penalidades previstas na lei 4.594 de 29/12/1964 e pelo decreto lei n° 73 de 21/11/1966. "Contratando um seguro com terceiros, o segurado terá grandes dificuldades na hora que precisar usar o seguro" avisa Sousa.

De acordo com o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Proninp), a indústria de petróleo deve contratar 212 mil novos trabalhadores até 2014. Com isso, os eventos esportivos como a Copa do Mundo vão contribuir para o aumento das contratações do seguro contra riscos de engenharia. "As empresas que prestam serviços para a Petrobras, por exemplo, são obrigadas a ter esse tipo de seguro para os funcionários, já que as obras nas plataformas necessitam de cuidados, pois são consideradas atividades de risco", reforça Luciana Santana.

Outro tipo de seguro, que também deve estar aquecido é o de acidentes pessoais. "Com o aumento das obras de infraestrutura, como estádios, hotéis e prédios residenciais serão necessários os seguros ligados à construção civil", observa Luciana, acreditando que, além desses, o seguro viagem também estará em alta, já que o Brasil vai receber milhões de turistas.

SEGUROS MAIS CONTRATADOS

Para a Life Insurance, a expectativa de contratações nas apólices de seguros até 2014 deve abranger todos os tipos de uma maneira geral. "Quando falamos de reformas, criação de vias, viadutos, restabelecimento de rodovias, estamos falando de seguros de responsabilidade civil, equipamentos, garantia de operações, saúde, dental, vida, acidentes pessoais, danos contra terceiros, petróleo e aqueles que possuem coberturas muito específicas ligadas a risco ambiental" pontua Santana.

Para o presidente do Sincor/CE, Manoel Nésio Sousa, em função da infraestrutura que estes empreendimentos estão trazendo para o Estado do Ceará, haverá um aumento significativo na demanda de seguros de riscos de engenharia, responsabilidade civil, seguro garantia, pessoas e outros no Estado.

Para este ano, a projeção do sindicato é uma expansão superior a de 2011. "Aguardamos um crescimento de 20% em todos os segmentos (residencial, empresarial, auto, riscos de engenharia, responsabilidade civil, seguro garantia, transporte, viagem)", acrescenta o presidente. Ao falar sobre quais setores do mercado cearense devem se destacar entre as contratações até 2014, Sousa destaca os riscos de engenharia, responsabilidade civil e seguro garantia.

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