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Pirataria marítima na Somália custou US$ 7 bilhões em 2011

Fonte; Brasil Econômico

A pirataria na Somália teve um custo em nível mundial de cerca de US$ 7 bilhões em 2011, dos quais 2 bilhões em operações militares, equipamentos e seguranças para proteger as embarcações, revelou ontem um grupo de monitoramento com base nos Estados Unidos.

O Oceans Beyond Piracy indicou que 80% destes custos foram pagos pela indústria marítima, enquanto o resto foi coberto pelos governos.

Sobre este montante total, cerca de US$ 2,7 bilhões foram gastos no ano passado em combustível, para permitir que os navios navegassem em maior velocidade nas zonas de alto risco, informou o grupo, que também advertiu para gastos de US$ 1,3 bilhão em operações militares e de US$ 1,1 bilhão para o pagamento de guardas armados e equipamentos de segurança.

O Oceans Beyond Piracy também destacou que US$ 635 milhões foram desembolsados pelas seguradoras, entre US$ 486 milhões e US$ 680 milhões para redirigir os navios ao longo da costa oeste da Índia e US$ 195 milhões para remunerar o trabalho suplementar e o perigo a que se expunham os marinheiros.

A média dos resgates pagos aos piratas passou de US$ 4 milhões em 2010 para US$ 5 milhões no ano passado.

Segundo o centro IBM Piracy Reporting, com base em Londres, os piratas que operam na Somália - país que não conta com um verdadeiro governo central há duas décadas - realizaram 237 ataques em 2011, o que representa mais da metade das ações de pirataria no mundo.

A pirataria na costa somali tem sido uma ameaça à marinha mercante internacional desde o início da guerra civil daquele país, na década de 1990. A Organização Marítima Internacional relata regularmente operações dos piratas na região desde 1998. AFP

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