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Previdência Privada: Investimentos vão a R$ 269 bi

Fonte; Jornal do Commercio - RJ

Com patrimônio 27,8% maior, VGBL continua ditando os rumos do setor, respondendo por 60% dos recursos que circulam em um sistema liderado pela Bradesco

Seguradoras e entidades de previdência complementar aberta encerraram 2011 movimentando ativos da ordem de R$ 269,1 bilhões, 20,5% superior aos R$ 223,2 bilhões registrados em dezembro do exercício anterior, segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi). O montante ficou abaixo do projetado pela entidade para o ano, que estimava a carteira de investimento do setor fechando em R$ 273 bilhões, 1,45% acima do realizado.

O desempenho do patrimônio dos planos VGBLs, contudo, ficou acima da média do mercado no ano passado, ao atingir R$ 159,3 bilhões, 60% do total da carteira de investimento.

A expansão dos recursos alocados no VGBL chegou a 27,8% sobre os R$ 124,6 bilhões contabilizados em dezembro de 2010. Já os ativos dos planos PGBLs cresceram 16,2%, passando de R$ 56,4 bilhões para R$ 65,5 bilhões. O patrimônio dos planos tradicionais, por sua vez, subiu apenas 4,9%, de R$ 41,6 bilhões para R$ 43,6 bilhões.

Na carteira de investimentos, 97,5%, ou seja, R$ 262,5 bilhões, estavam acumulados nas provisões técnicas, que são recursos acumulados pelos titulares dos planos do sistema de previdência complementar aberta. O saldo de tais reservas aumentou 21,4% em 2011, ante os R$ 216,2 bilhões do ano anterior.

As provisões do VGBL tiveram o crescimento mais expressivo, no período, entre os planos de maior representatividade, 27,8%, pulando de R$ 125 bilhões para R$ 159,8 bilhões.

Com incremento de 16%, as provisões dos planos PGBL saltaram de R$ 56,1 bilhões para R$ 65,1 bilhões. No período, as reservas dos planos tradicionais, por fim, passaram de R$ 34,5 bilhões para R$ 37 bilhões, alta de 7,3%.

Com relação a market share, os planos VGBL mantiveram a liderança no montante de provisões, com 60,9% do total, seguidos pelos PGBL, com 24,8%, enquanto os planos tradicionais contaram com 14,1%. Outros produtos, incluindo os Fapis, completam a equação, com 0,2%.

OS PLANOS. Na análise por tipo de plano, os dados da Fenaprevi mostram que VGBL, indicado para as pessoas que não declaram Imposto de Renda pelo modelo completo de declaração anual de ajustes, foi o produto com maior captação de receita em 2011. A modalidade cresceu 18%, em relação a igual período de 2010, com aportes de R$ 43,3 bilhões. Já o PGBL, voltado para investidores que utilizam o modelo completo da declaração anual de ajustes do Imposto de Renda, faturou R$ 6,9 bilhões, representando crescimento de 13,5%. Os planos tradicionais totalizaram depósitos de R$ 3,2 bilhões, apresentando leve alta de 1,3%.

A Bradesco Vida e Previdência liderou o ranking em 2011, com 33,21% do total da receita captada. Itaú Vida e Previdência (22,05%) e BrasilPrev (21,88%) ocuparam a terceira e a quarta colocações, respectivamente.

Na quarta posição veio a Caixa (7,05%), seguida da Santander (6,06%), enquanto a HSBC alojava-se em sexto lugar (4,15%). Mais distante apareceu a Icatu (0,94%) na sétima posição, acompanhada da Sul América, (0,77%), Safra (0,74%) e Porto Seguro (0,55%). As demais entidades somaram, no total, 2,61% do faturamento no ano.

Em 2011, o mercado de previdência complementar aberta como um todo fechou 2011 captando R$ 53,5 bilhões, 16,3% a mais do em 2010, quando a receita chegou a R$ 46 bilhões. Em 2011, o setor bateu a marca de 7,2 milhões de pessoas com planos individuais, expansão de 22%, segundo as estatísticas da Fenaprevi.

Os planos empresariais foram o destaque no ano passado, com depósitos de R$ 7 bilhões, alta 29,1%. O número de contratos de planos empresariais saltou de 2,6 milhões em 2010 para 2,9 milhões em 2011. Os planos para menores de idade também registraram crescimento expressivo: 24% e faturamento de R$ 1,7 bilhão. Já os planos individuais receberam aportes de R$ 44,755 bilhões, com expansão de 14,2%.

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