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Reconstrução seria mais rápida com seguro

Fonte; Folha de Londrina - PR

Incêndio no cine teatro expõe uma triste realidade: patrimônio da UEL não é coberto por seguradoras Valor da obra foi estimado em R$ 25 milhões Londrina - Um dos assuntos que mais se discute atualmente em Londrina é como será a reconstrução do Cine Teatro Ouro Verde, destruído por um incêndio na tarde de domingo passado. O valor da obra foi estimado em R$ 25 milhões, montante cujo repasse vai depender da boa vontade dos governantes em liberar os recursos ou fazer remanejamento de verbas.

Mas todo esse caminho poderia ser bem mais curto se o prédio onde funcionava o Cine Teatro Ouro Verde estivesse no seguro. A afirmação é do corretor João Pedro Gléria. ''No caso de imóvel segurado, imediatamente se tomam todas as providências necessárias para que se possa repor aquele bem o mais rápido possível'', afirma.

O corretor diz que a principal função do seguro é a reposição de um bem destruído. Ele cita o exemplo de um cliente que teve a loja de produtos plásticos atingida por um incêndio há cerca de um mês, o que destruiu todo estoque e também o prédio. No momento, está sendo concluído o relatório da ocorrência e a liberação dos recursos para o segurado acontece entre 60 a 90 dias após o sinistro.

Os bens segurados são classificados de acordo com o risco que oferecem, podendo ser baixo, médio ou alto e o custo é proporcional ao capital segurado. Gléria aponta que o valor do seguro para uma loja de trabalha com confecções é maior do que uma loja que trabalha com ferragens, por exemplo. O Ouro Verde, que entra na classificação de ''cine teatro'', é considerado de risco médio pelas seguradoras. O seguro do prédio, no caso, ficaria em torno de R$ 60 mil por ano para uma apólice de R$ 24 milhões. O valor foi apurado em uma grande companhias de seguros do País.

A reitora da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Nádina Moreno, confirma que o prédio do Cine Teatro Ouro Verde realmente não estava no seguro, o que só aconteceu entre 1995 e 1997. Segundo ela, a maior dificuldade para fazer seguro de todos os bens da universidade é a falta de uma política voltada à preservação do patrimônio e também a falta de dotação orçamentária para essa finalidade. ''O custo é muito alto'', justifica.

Mesmo assim, a UEL tentou fazer licitação para um seguro global de seu patrimônio. No entanto, de acordo com a reitora, não apareceram corretoras interessadas. Ela admite que o fato de não ter seguro é um grande risco, em especial para alguns setores como o Hospital Universitário ou onde estão as bibliotecas. A UEL deve rever a questão dos seguros após o incêndio de domingo passado.

A reitora viaja hoje de manhã para Brasilia onde terá uma reunião com a ministra da Cultura, Ana de Hollanda. Ela vai em busca de recursos para reconstrução do Ouro Verde.

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