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Abramge defende a livre negociação

Fonte: Brasil Econômico

Associação Brasileira de Medicina de Grupo diz que não está entre suas atribuições discutir remuneração de prestadores de serviços

A Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) afirmou, por meio de nota, que não faz parte de suas atribuições discutir remuneração a prestadores de serviços - sejam médicos, hospitais ou laboratórios. Segundo a entidade, a remuneração é variável tanto sobre os valores acordados como também sobre quaisquer outras particularidades do relacionamento entre operadoras de planos de saúde e seus prestadores de serviços.

Ainda na nota, a Abramge esclarece que, assim como outras entidades do setor, atua de modo institucional em grupos de trabalho e câmaras técnicas discutindo, inclusive, a remuneração de médicos e outros prestadores de serviços de saúde suplementar.

A entidade, contudo, considera que as manifestações da classe médica em discussões por melhores remunerações são válidas se não interferirem nos processos de atendimento aos clientes. "O movimento dos médicos é aceitável, desde que não prejudique o atendimento aos beneficiários dos planos de saúde", diz a declaração enviada ao Brasil Econômico.

Por seu lado, as operadoras de saúde tentam estabelecer um contato pacífico com os médicos, com o objetivo de buscar reduzir as desavenças e, com isso, manter o atendimento a seus beneficiários.

"Nós da Bradesco Saúde mantemos uma boa relação com a classe médica. Temos feito reajustes anuais nos preços das consultas, sempre acima da inflação", conta o presidente da operadora, Marcio Coriolano.

Mas, mesmo que individualmente Coriolano reconheça as possibilidades de contornar eventuais conflitos entre os médicos e a Bradesco Saúde, ele concorda que hoje tanto o setor como o país, de modo geral, precisam estabelecer com mais clareza as regras para um possível entendimento.

"Em minha opinião, é preciso repensar o modelo de remuneração do setor. Sou favorável a uma remuneração de acordo com resultados", defende o presidente da Bradesco Seguros. Ele faz, porém, uma ponderação para que se chegue a esse acordo: "Entretanto é necessário se chegar a umconsenso para evitar o exagerado aumento dos custos que não seria suportado pelo consumidor".

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