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Esquenta a disputa pelas médias empresas

Fonte: Valor Econômico

Os milhões de pequenos e médios projetos tocados por prefeituras e governos Brasil afora viraram a menina dos olhos do seguro garantia. Com um menor número de seguradoras competindo nestes negócios, a queda dos preços no segmento foi bem menos acentuada, ficando entre 5% a 10%, diz Alexandre Malucelli, vice-presidente da J. Malucelli. Assim, uma quantidade cada vez maior de seguradoras (tanto mais tradicionais quanto novas competidoras) tentam ganhar uma fatia desse mercado, até então explorado quase exclusivamente pela J. Malucelli.

"Nos próximos cinco anos queremos chegar entre as cinco maiores seguradoras de garantia", afirma Eduardo Viegas, superintendente de garantia da Chubb. Para atingir a ambiciosa meta, a estratégia é ganhar escala com pequenos riscos (operações com cobertura de até R$ 1 milhão).

A Tokio Marine, que iniciou a operação de garantia em junho passado, também já está mirando os negócios pequenos. A meta é usar esse segmento para abocanhar uma fatia entre 5% e 7% do mercado de garantia, diz Felipe Smith, diretor técnico da Tokio.

As líderes do ramo, J. Malucelli e Fator Seguradora, porém, devem dificultar a vida de seus concorrentes. Ambas trabalham em novas plataformas tecnológicas para agilizar a venda de apólices para pequenos e médios riscos, aumentando a escala e reduzindo os custos para avançar neste mercado. A Berkley trabalha na mesma direção.

A J. Malucelli, que já atua nas médias empresas, vai melhorar sua plataforma tecnológica para dar agilidade à emissão de apólices, reduzindo o tempo entre o cadastro e a emissão. A seguradora espera que a nova plataforma a ajude a ganhar capilaridade e com isso, conquistar mercados que hoje preferem a fiança bancária ou o depósito caução, instrumentos alternativos ao seguro garantia.

A Berkley, que também lançou neste mês plataforma tecnológica para acelerar as garantias, mira os contratos menores de seguros no entorno das grandes operações, diz José Marcelino Risden, presidente da seguradora. "Os pequenos e médios riscos casam com a necessidade de gerar caixa agora. Nesse tipo de risco, retém-se mais prêmio com prazos menores", diz.

Além do pequeno e do médio mercados, ajudaram a levantar os resultados de 2011 modalidades de garantia menos relacionadas à infraestrutura, como o seguro garantia judicial - apólices apresentadas em disputas jurídicas - e as voltadas para o setor de energia e imobiliário.

A garantia judicial representou cerca de 30% do mercado de garantia em 2011, enquanto as garantias imobiliárias, impulsionadas pelo programa "Minha Casa Minha Vida", representam outros 20%, estima Carlos Frederico Ferreira, diretor-executivo da Austral Seguradora. As modalidades ganharam espaço sobre as garantias ligadas à infraestrutura, que tradicionalmente representam mais da metade do faturamento do seguro garantia. (FM)

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