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Gaúcha de alma, Confiança passa por uma remodelação

Fonte: Jornal do Comercio - RS

Munró diz que hora é de retomada, principalmente para corretores e consumidores

Com uma trajetória que teve início no segundo reinado do império brasileiro, a Confiança Seguros passa pela segunda década do século 21 com vitalidade para se reorganizar e crescer. Apesar de ter nascido no Rio de Janeiro em 1872, sob a licença de Dom Pedro II, foi no Rio Grande do Sul que a seguradora se enraizou. “Uma carioca que chegou aqui e se apaixonou”, brinca o diretor-presidente da companhia, Antônio Carlos Munró, que voltou para a Confiança em setembro do ano passado a fim de renovar a gestão.

São 140 anos de estrada, com algumas escalas que delinearam o caminho percorrido pela empresa. Depois de focar seus esforços na cobertura ao transporte marítimo e terrestre do Brasil imperial, um dos principais momentos vividos pela Confiança foi em 1974, ano em que foi adquirida pela Gboex e se aproximou de vez no mercado gaúcho. Munró afirma que esse movimento foi um divisor de águas, já que com a associação o valor de marca cresceu substancialmente. Além disso, a seguradora ainda ajudou a incrementar os negócios da Gboex que, focada em previdência privada, passou a contar com um portfólio amplo de seguros sob o guarda-chuva de seus negócios. “Desde então nos consolidamos como uma marca forte, estamos entre as 50 maiores seguradoras do Brasil e esse foi um dos pontos altos para isso”, defende o diretor-presidente.

Hoje, com o mercado de seguros em franca expansão no País, a Confiança se prepara para atender a novas demandas com um upgrade na companhia. Munró argumenta que o momento é de retomada, principalmente no atendimento aos dois públicos: corretores e consumidores. Outro foco é seguir à risca o planejamento de longo prazo traçado para os próximos 20 anos, que contou com o apoio de uma consultoria especializada para o estabelecimento das metas.

Para executar as duas estratégias, estão sendo feitas mudanças na equipe diretiva e no quadro de colaboradores. O foco é renovar a companhia enxugando o número de diretoras, mas ampliando a atuação e interlocução desses profissionais com o mercado, contando com a participação direta e ativa das lideranças nesse processo. O diretor-presidente relata que a decisão foi tomada a partir de algumas deficiências observadas até pouco tempo na comunicação entre executivos e departamentos da empresa, que, segundo ele, já começam a ser sanadas com as mudanças propostas. “Estamos fazendo uma oxigenação no quadro de colaboradores, voltada para uma modernização da companhia alinhada com as demandas e perspectivas do consumidor, que está cada vez mais exigente”, aponta Munró.

O empenho da reformulação tem como objetivo o crescimento de 25% nos segmentos onde a Confiança atua, que vão desde o seguro pessoal, passando pelas categorias residenciais e automotivas e, principalmente, o nicho multirrisco, voltado para cobertura de condomínios de residências e comerciais. A meta de incremento é aplicada a um universo de 200 mil clientes espalhados pelo Brasil e um faturamento que, em 2011, foi de R$ 170 milhões. “Dentro dessa reestruturação, queremos nos fortalecer mais no Paraná e Santa Catarina, com projetos já sendo implementados, mas também vemos uma atuação forte em Minas Gerais e expansão para o Norte e Nordeste, com parcerias de ponta”, sinaliza Munró.

Novos públicos são chave para o crescimento

O grande alvo, não só da Confiança, mas em todo o mercado de seguros, é oferecer produtos para quem quer e até pouco tempo não podia investir nas apólices. Conhecida consequência do crescimento econômico brasileiro, a nova classe média é o tesouro que o mercado segurador busca para se desenvolver, justamente por ser uma das responsáveis pelo bom desempenho desse setor.

Na Confiança, há a percepção de que o governo está estimulando a contratação de seguros, o que vem contribuindo para as expectativas de incremento na distribuição dos produtos para as classes C e D. Outra frente que está sendo trabalhada na seguradora é a oferta para carreiras militares, um nicho de bastante afinidade com os negócios da Gboex e que agora deve ser explorado com mais agressividade pela Confiança.

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