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Potencial de crescimento é grande

Fonte: Valor Econômico

A indústria de seguros terá de imediato a redução da rentabilidade se não conseguir melhorar rapidamente sua eficiência. Mas a médio e longo prazos, o mercado terá condições de crescer acima das expectativas atuais, seguindo a curva de maior crescimento da economia. As seguradoras serão obrigadas a melhorar a eficiência e depois serão beneficiadas com as oportunidades de uma economia em expansão, aposta Flavio Faggion, consultor da Siscorp.

Segundo José Rubens Alonso, consultor e membro do conselho da Segurar.com, a eventual continuidade da política de queda de juros pode não perdurar, dependendo do comportamento da inflação. Isso afeta de forma variada os segmentos da indústria. No seguro de carros e também de varejo, é inevitável aumento dos prêmios e mudança no perfil dos investimentos das seguradoras, com maior alocação em papéis privados. Já em grandes riscos, acho que os preços são mais técnicos e menos dependentes do resultado financeiro, diz Alonso.

Previdência e outros produtos de longo prazo terão forte impacto, aposta. Segundo ele, a indústria vai procurar alternativas de investimentos, talvez elevando a alocação em ações e imóveis. Devemos lembrar que em todo mundo a indústria de seguros é grande investidora nesses mercados, diferentemente do mercado brasileiro. Alonso também acredita que alterações nas regras regulatórias de alocação de investimentos devem entrar com maior prioridade na agenda do mercado.

Para muitos analistas, a queda da receita das seguradoras com a redução da Selic será compensada pelo potencial de crescimento do setor. Seguros ainda representam 3,5% do PIB, metade da média mundial. As seguradoras estão se modernizando e a classe C representa hoje uma grande clientela para as companhias, diz Iago Whately, analista da Fator.

No Brasil, as seguradoras sempre registraram perdas na operação de seguros, pois contam com a elevada taxa de juros para compor a rentabilidade. (DB)

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