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Sem um cadastro geral de informação, risco dobra

Fonte: Brasil Econômico

Central com dados sobre apólices poderia ajudar seguradoras a analisar risco

O advogado Adilson Neri Pereira, do escritório que leva seu sobrenome, diz que as seguradoras enfrentam um problema estrutural. Isso porque até o monopólio do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) havia um cadastro com informações das empresas que solicitavam seguro garantia, que foi eliminado. "Uma mesma empresa pode ter cadastro em três ou quatro seguradoras, e elas nem sabem disso. Essas informações não são trocadas, ampliando o risco das seguradoras, porque não se sabe se a empresa contratante da apólice tem ou não capacidade de execução da obra", pondera.

Rogério Vergara, diretor de Garantia e Crédito da BB Mapfre, afirma que a confederação do setor trabalha na criação de um cadastro com dados das apólices vigentes. "Demora tempo, é preciso ter muita regra de controle, para que não tenhamos informação perdida no mercado", diz , completando que as seguradoras não estão maduras para o serviço, com receio de dividir dados.

Além disso, ele acredita que o mercado possa se desenvolver sem essa ferramenta, embora ela ajude. Como exemplo, Vergara cita o caso americano, que é cinco vezes maior que o brasileiro e cresceu sem partilha de informações.

A confederação ainda defende a ampliação da contratação de garantias para obras públicas, que hoje deve ficarem até 10% do valor do projeto, montante que deve ser usado prioritariamente para pagar multa por rescisão contratual. "A gente busca informações para mostrar para o governo que a não-execução contratual gera prejuízo maior que isso." F. F.

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