Breaking News

Microsseguro popular

Fonte: Jornal de Brasilia


Novo produto destinado à baixa renda poderá ser encontrado em bancas de jornal

O governo regulamentou o microsseguro, um novo tipo de produto destinado à população de baixa renda. Ele poderá ser encontrado até em bancas de jornal, como os chips e cartões telefônicos.

As medidas foram publicadas no "Diário Oficial da União" na última semana, e a expectativa é que as primeiras apólices cheguem ao mercado em três meses.

Já existem seguros populares na praça, com preços baixos, mas não há uma regulamentação específica para eles. As novas regras foram baixadas para torná-los mais simples e com formato voltado para o consumidor de baixo poder aquisitivo.

De acordo com a Susep (Superintendência de Seguros Privados), as apólices poderão ser vendidas em bilhetes - as convencionais são contratos mais complicados - e devem ter uma cobertura fácil de entender e padronizada para um mesmo tipo de seguro, independentemente da empresa. Assim, será possível comparar os preços.

REGULAMENTAÇÃO

A nova regulamentação também facilita o acesso. Os seguros tradicionais são vendidos por bancos, seguradoras ou por corretores independentes. Os microsseguros serão vendidos em correspondentes bancários, como lotéricas e Correios, e em estabelecimentos comerciais, como supermercados, drogarias e bancas de jornal.

A regulamentação cria ainda uma nova profissão, a de corretor de microsseguros. Ele terá uma habilitação após aprovação em um curso.

"Serão membros da própria comunidade, que têm a confiança dessas pessoas", diz Eugênio Velasques, diretor-executivo do grupo Bradesco Seguros e presidente da comissão de microsseguros da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras).

"A capilaridade e acessibilidade vão ser importantes. Não vou imaginar que uma pessoa vai sair de um lugar para outro bem distante.

O corretor vai ter de estar lá", completa ele.

Os microsseguros também poderão ser vendidos por meios remotos, como telefones celulares e internet. A circular também limita o valor das coberturas nas apólices, para que o produto seja caracterizado como microsseguro. Entre os serviços está a perda de bagagem (R$ 1 mil), seguro de vida (R$ 24 mil) e reembolso de despesas com funeral (R$ 4 mil).

A regulamentação ainda permite uso de celular na venda de seguros e a inclusão de sorteios pela capitalização.

Os bilhetes de microsseguro emitidos pelas sociedades seguradoras deverão conter informações como: nome do plano ao qual se vincula o documento; nome e CNPJ da sociedade seguradora; número do processo administrativo de registro junto à Susep; número de controle do bilhete; entre outros.

VALORES

Há mais de vinte categorias de microsseguros, como vida e residência. O valor da indenização dependerá da categoria e poderá chegar a, no máximo, R$ 60 mil. O de vida, por exemplo, pagará até R$ 24 mil. A vigência mínima prevista para as coberturas será de um mês.

SAIBA +

Desde 2004, o microsseguro tem sido motivo de crescente interesse do governo federal e do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).

Em 2006, o Consultative Group to Assist the Poor (CGAP), da Associação Internacional de Supervisores de Seguros, formou o Joint Working Group on Microinsurance, do qual a Susep fez parte.

Nenhum comentário

Escreva aqui seu comentario