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Produto à venda só em 2013

Fonte; Jornal do Commercio - RJ

Tendo como público-alvo pessoas de baixa renda, seguradoras estão preocupadas em não errar o tiro e planejam a investida com cuidado. Atendimento e distribuição estão entre os fatores que exigem cautela

Embora regulamentado em junho último, o microsseguro ainda vai demorar de quatro a seis meses para ser ofertado no mercado, segundo prevê o presidente da Comissão de Microsseguros da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg) e diretor-executivo da Bradesco Seguros, Eugênio Velasques. Para ele, a recomendação é ter cautela, pois esse tipo de produto requer atenção maior no atendimento ao público-alvo, formado, em sua maioria, por pessoas que jamais tiveram acesso a uma proteção securitária. É preciso dar apoio logístico ao canal de vendas, investir em tecnologia e explicar bem ao consumidor o que está contratando, sustenta o executivo.

Devido à precaução, ele acredita que o microsseguro só estará à disposição do brasileiro em janeiro ou fevereiro de 2013. Mas algumas seguradoras, que já vêm realizando pesquisas de mercado e testando alguns tipos de produtos, podem antecipar os seus lançamentos para o último bimestre deste ano. É o caso da Bradesco, diz Eugênio Velasques.

Ele assinala que a maior preocupação dos seguradores, no momento, é não errar o tiro, o que os levam a planejar, com extremo cuidado, todas as suas ações. Dessa forma, a venda será feita apenas quando todos os pontos estiverem amarrados.

Potencial

A regulamentação aprovada no final de junho, segundo ele, representa o começo de uma nova era para o mercado. Ele mantém a expectativa de que o produto trará para o setor algo em torno de 100 milhões de novos consumidores, universo que será alcançado, contudo, em dez anos, aproximadamente.

Na próxima quinta-feira, a Comissão de Microsseguro da CNSeg terá reunião para discutir a posição do mercado a partir de agora. Velasques afirma que há um entendimento de que a regulamentação deverá ser aprimorada no futuro, mas existe também a compreensão de que a Superintendência de Seguros Privados (Susep) fez o que estava ao seu alcance.

Na sua avaliação, a maioria dos grupos seguradores optará, inicialmente, por abrir área específica dentro de suas estruturas para operar no microsseguro, ao invés de montar uma microsseguradora. Assim, ele entende que é pouco provável que surjam agora essas organizações previstas na regulamentação.

A princípio, as vendas deverão ser concentradas nos chamados correspondentes de seguros, aproveitando o modelo já adotado pelos bancos. Eugênio Velasques acredita que, no futuro, caberá ao corretor coordenar a atuação desses correspondentes e dos demais canais que vierem a operar com microsseguros. O corretor será o regente dessa orquestra, aposta.

Ele revela que, além das seis circulares já divulgadas pela Susep regulamentando as operações de microsseguros no País, outras duas deverão ser publicadas em breve, tratando de questões relacionadas a estatísticas e a capital mínimo e solvência.

O Brasil passará também a adotar a nova nomenclatura para microsseguro, que é mercado inclusivo de seguros, sugerida pelo Banco Mundial e o International Association of Insurance Supervisors (IAIS), entidade internacional que reúne os órgãos de supervisão da atividade de seguros.

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