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Quem Guarda Tem

Fonte: Brasil Econômico

João Batista Mendes Angelo
Superintendente de produtos da BrasilPrev

O que é ser previdente? A expressão remete à necessidade de ser precavido, prudente. Em geral, nosso atos trazem efeitos ao longo de outros momentos da vida. Previdente é quem consegue conectar ações presentes comefeitos futuros. Deste conceito se originam os planos de previdência. Assim, a alocação de recursos em planos previdenciários deve (ou ao menos deveria) ser precedida de reflexão que permita à família conhecer o valor que deve economizar todo mês para concretizar seus planos.

Aqui devemos retomar um princípio básico de finanças pessoais: as economias não devem estar baseadas no que sobra. E o passo inicial é definir os objetivos, criando espaços no orçamento para esse fim.

Vencida a primeira etapa e iniciado o plano de previdência, é fundamental que a família mantenha disciplina e reveja, periodicamente, quão perto (ou longe) estão seus objetivos. Nessas revisões é importante avaliar a necessidade de alterar o plano para adequá-lo à nova realidade. Por exemplo, mudanças no patamar de carreira, um filho que deixa de ser dependente da família, etc.

Independentemente . dos propósitos, é certo que os recursos alocados em um plano devem prestar-se, prioritariamente, para viabilizar objetivos de longo prazo. Nesse sentido, a disciplina que acompanhou a família para organizar seu padrão de consumo e promover os depósitos periódicos, deve também acompanhá-la ao longo do plano. Aqui põe-se em questão o fim dado a estes recursos no momento do resgate.

Se uma pessoa resgata o dinheiro acumulado no plano de previdência antes da data prevista, estaria agindo mal? Depende. Em linhas gerais, podemos considerar um resgate como inadequado quando o investidor utiliza seus recursos deteriorando o patrimônio acumulado durante anos, comprando um bem pouco durável ou atendendo a uma necessidade pontual de consumo. O perigo e remcorporar essas reservas (ou parte delas) ao orçamento familiar.

No entanto, mesmo sendo o produto destinado a objetivos de longo prazo, é evidente que não é errado acessá-lo antes do previsto. O importante é refletir e ter certeza de que trata-se de um "motivo nobre", ponderando se a interrupção dos aportes ou o saque são apropriados (caso de desemprego, por exemplo). O mercado de previdência privada aberta no Brasil ainda é novo e está amadurecendo. Cada vez mais seguradoras terão de incentivar clientes a alocarem, em seus planos, recursos cujo objetivo seja de longo prazo e apoiá-los no momento do resgate, auxiliando-os a tomar a melhor decisão. É grande o desafio para as famílias em promover as reflexões aqui propostas. No entanto, com o progresso econômico do país, amparado na melhoria na renda dos trabalhadores e por programas que estimulam a educação financeira, existem condições para que, maduras, as famílias possam refletir, discutir e fazer escolhas para garantir melhor qualidade de vida ao longo de todos os ciclos que vivenciamos.

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