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Empresas de saúde planejam redução das internações

Fonte: Brasil Econômico
 
Entidade vai criar métricas de gestão de planos de saúde para evitar número excessivo de hospitalizações.

As empresas do setor de saúde estão adotando diversas estratégias de gestão para otimizar os serviços de plano de saúde prestados à população e com isso reduzir também os gastos com internação, que hoje representam cerca de 60% de seus custos.

Para atingir esse objetivo, 12 companhias do setor, entre elas Amil e SulAmérica, criaram a Aliança para a Saúde Populacional (Asap), entidade que visa unir esforços de empresas e instituições privadas para desenvolver e fomentar o conceito de gestão de saúde populacional.

Marilia Ehl Barbosa, superintendente executiva da Asap explica que o objetivo da entidade, que surgiu após vários questionamentos entre os empresários sobre o aumento de custos, é mapear e segmentar a população atendida pelo setor privado, de forma a orientar e educar os usuários saudáveis, assim como os portadores de enfermidades, em especial as crônicas.
"O que queremos é tratar mais as pessoas e reduzir o número de internações, e dessa forma conseguiremos diminuir também o custo para as empresas", avalia.

A executiva explica que as atividades serão desenvolvidas por meio de adesão a tratamento e mudança de hábitos, além da conscientização de prestadores de serviços e corporações sobre a importância da gestão de saúde.

"Vamos criar uma métrica para padronizar todas as empresas a partir de um comitê técnico composto por médicos. Atualmente, cada empresa faz isoladamente sua estratégia de gestão de saúde", ressalta.
Além disso, Marilia conta que a Asap vai utilizar experiências de sucesso de outros países como África do Sul, Japão, Índia e Austrália. "Vamos usar também parâmetros inspirados na experiência da Care Continuum Alliance (CCA), entidade similar nos Estados Unidos.

Considerando os resultados obtidos em países onde a cultura de promoção de saúde já está consolidada, é certo que, em casos de diabetes, doenças cardiovasculares e obesidade, os dados são muito promissores", informa a executiva.

Entre as ações previstas pela entidade estão debates sobre as melhores práticas de gestão, workshops e produção de material institucional de conteúdo técnico sobre iniciativas, soluções e novos produtos.
Com previsão de atingir 40 empresas associadas até dezembro de 2012 na entidade, a Asap acredita que o programa de gestão pode reduzir, no longo prazo, em 30% os custos das empresas de saúde.
"Atualmente 25% da população é usuária de plano de saúde. Os serviços são iguais para todos os grupos de pessoas. O que queremos é identificar aqueles em situação de riscos e dar o tratamento correto", destaca.

Mudança de cultura

A superintendente da Asap acredita que para atingir o objetivo proposto são necessárias mudanças de cultura. "O que queremos mostrar é que a gestão não visa restringir os atendimentos, mas sim, cuidar da saúde das pessoas o que vai evitar internações e idas às emergências."

Fábio de Souza Abreu, presidente da AxisMed, empresa que desenvolve gestão preventiva da saúde para as operadoras de plano de saúde,concorda com Marilia e completa que nos últimos anos as empresas tem aumentado a preocupação com a saúde dos seus funcionários. "Os custos tem aumentado e as doenças acabam impactando o desempenho do funcionário no ambiente de trabalho."
Para o executivo da AxisMed, as administradoras de plano de saúde, precisam conhecer os problemas da população e com isso montar estratégias.

"Quando você recebe a carteirinha é o mesmo plano tanto para uma pessoa de 20 anos, quanto para a de 60. São riscos diferentes que precisam de serviços diferentes", conclui.
 

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