Consumidor deixa de pagar por apólice no ano que vem
Fonte O Globo
Taxa de R$ 60 não será mais cobrada a partir de janeiro e desafia o setor
SÃO PAULO Além de se ajustar a um novo cenário de juros menores, o seguro deve ficar mais caro no ano que vem para compensar parte da perda de receita com a cobrança de apólices, a partir de janeiro. Em setembro, a Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão que regulamenta o setor, extinguiu a cobrança da taxa de R$ 60, que tinha por finalidade cobrir os custos de contratação dos seguros.
- Os juros não foram o único vilão do aumento de preços. Em 2013, teremos a compensação do custo de apólice, que virá de uma vez só - diz Francisco Galiza, analista da consultoria Rating de Seguros.
O presidente da Chubb Seguros, Acácio Queiroz, diz que a Susep vai permitir que o valor cobrado como custo de apólice seja incorporado ao custo do seguro. A simples apropriação, no entanto, não vai ter o mesmo efeito contábil nos resultados das empresas. Isso porque, segundo ele, o valor das apólices vai deixar de entrar de uma vez só no caixa das companhias e passará a ser incluído nas reservas exigidas pela Susep, que são apropriadas contabilmente mês a mês, ao longo do ano.
- Uma empresa que faturava 120 milhões e tinha 120 mil carros assegurados ganhava R$ 7,2 milhões com apólices de uma vez só. Agora, ela ganhará R$ 600 mil por mês - disse Queiroz.
"Viver com juro de um dígito"
Em abril deste ano, Susep já tinha baixado o valor cobrado da apólice, de R$ 100 para R$ 60. Posteriormente, fez um estudo apontando que as razões que deram origem à cobrança do custo de apólice, como o alto custo da impressão do documento em papel moeda e as perdas com a inflação, não tinham mais justificativa no cenário atual.
A autarquia concluiu que as reformas econômicas que mantiveram a estabilidade econômica, além do uso massivo da tecnologia em procedimentos de comercialização de seguro, reduziram significativamente os custos das operações de contratação. É a esse cenário, que inclui também taxas de juros mais baixas, que as seguradoras têm de se adaptar.
- A gente não acredita que a taxa de juros vai voltar para 15% e tem de trabalhar para viver com taxas de um dígito - diz Marcelo Picanço, diretor de Relação com Investidores da Porto Seguro. (Paulo Justus)
Taxa de R$ 60 não será mais cobrada a partir de janeiro e desafia o setor
SÃO PAULO Além de se ajustar a um novo cenário de juros menores, o seguro deve ficar mais caro no ano que vem para compensar parte da perda de receita com a cobrança de apólices, a partir de janeiro. Em setembro, a Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão que regulamenta o setor, extinguiu a cobrança da taxa de R$ 60, que tinha por finalidade cobrir os custos de contratação dos seguros.
- Os juros não foram o único vilão do aumento de preços. Em 2013, teremos a compensação do custo de apólice, que virá de uma vez só - diz Francisco Galiza, analista da consultoria Rating de Seguros.
O presidente da Chubb Seguros, Acácio Queiroz, diz que a Susep vai permitir que o valor cobrado como custo de apólice seja incorporado ao custo do seguro. A simples apropriação, no entanto, não vai ter o mesmo efeito contábil nos resultados das empresas. Isso porque, segundo ele, o valor das apólices vai deixar de entrar de uma vez só no caixa das companhias e passará a ser incluído nas reservas exigidas pela Susep, que são apropriadas contabilmente mês a mês, ao longo do ano.
- Uma empresa que faturava 120 milhões e tinha 120 mil carros assegurados ganhava R$ 7,2 milhões com apólices de uma vez só. Agora, ela ganhará R$ 600 mil por mês - disse Queiroz.
"Viver com juro de um dígito"
Em abril deste ano, Susep já tinha baixado o valor cobrado da apólice, de R$ 100 para R$ 60. Posteriormente, fez um estudo apontando que as razões que deram origem à cobrança do custo de apólice, como o alto custo da impressão do documento em papel moeda e as perdas com a inflação, não tinham mais justificativa no cenário atual.
A autarquia concluiu que as reformas econômicas que mantiveram a estabilidade econômica, além do uso massivo da tecnologia em procedimentos de comercialização de seguro, reduziram significativamente os custos das operações de contratação. É a esse cenário, que inclui também taxas de juros mais baixas, que as seguradoras têm de se adaptar.
- A gente não acredita que a taxa de juros vai voltar para 15% e tem de trabalhar para viver com taxas de um dígito - diz Marcelo Picanço, diretor de Relação com Investidores da Porto Seguro. (Paulo Justus)
Nenhum comentário
Escreva aqui seu comentario