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Catástrofes: Estudo do Lloyds alerta para falta de coberturas

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Estudo realizado pelo Lloyds de Londres alerta para riscos de um déficit de seguros anualizado da ordem de US$ 168 bilhões, que podem afetar as economias de países emergentes, já que ficam expostos aos custos de longo prazo provocados por eventos naturais catastróficos. O relatório, encomendado pelo Lloyds ao Centro de Pesquisa em Economia e Administração (CEBR, na sigla em inglês de Centre for Economics & Business Research), indica que, no caso do Brasil, o déficit de seguros anualizado chega a US$ 12,7 bilhões, significando que o País está “severamente subsegurado”.

De acordo com o Lloyds, em países com um baixo nível de seguros, como é o caso do Brasil, o Estado arca com uma proporção excessiva do custo de catástrofes naturais. Em razão disso, o estudo recomenda aumentar em 1% a penetração de seguros no País, o que pode reduzir a responsabilidade do Estado em 22% nos prejuízos decorrentes de catástrofes.

Ainda de acordo com o relatório, o custo das catástrofes mundiais cresceu em US$ 870 bilhões em termos reais desde 1980. Em 2011, as catástrofes naturais produziram US$ 107 bilhões em sinistros. Foi o segundo
ano mais custoso em geral para a indústria de seguros e o mais caro em sinistros de catástrofes naturais já registrados.

Seguro x fundos públicos

Segundo o presidente do Lloyds de Londres, Richard Ward, a pesquisa pode estimular um debate sobre como os governos, bem como empresas, gerenciam o risco de catástrofes naturais. “Isso também levanta uma importante questão em relação ao mérito da transferência de riscos versus o uso de fundos públicos para cobrir o custo”, observa, acrescentando que o seguro existe para ajudar a evitar a ocorrência de perdas e aliviar as consequências financeiras se o desastre acontecer.

Na avaliação do Lloyds, o estudo mostra que um número excessivo de países com alto  crescimento não está conseguindo se preparar adequadamente para esse tipo de evento, deixando pessoas e empresas expostas. Outra conclusão do relatório indica que dos cinco maiores desastres globais apenas 21% (US$ 115 bilhões) de um prejuízo econômico total de US$ 538 bilhões foram cobertos por seguro no mundo.

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