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Operadoras questionam ações da agência

Fonte Valor Econômico

Neste terceiro monitoramento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) proibindo a comercialização de novos planos de saúde e outras medidas punitivas, algumas operadoras questionam os critérios adotados pela agência reguladora.

Uma delas é a Unimed-Rio, acionada pela agência para assinar um termo de compromisso para reduzir as reclamações sobre prazo de atendimento. "Por entender que os critérios estatísticos adotados pela ANS em suas análises são equivocados, o Sistema Unimed encaminhou estudo ao órgão apontando as incoerências do modelo [da ANS] e propondo alternativas técnicas para eliminá-las, mas ainda não recebeu resposta". O estudo foi produzido pela Coppe-UFRJ, informa a Unimed-Rio.

Segundo a empresa, no último trimestre, foram registradas 31 notificações de um universo de mais de quatro milhões de procedimentos, sendo cerca de um milhão de consultas, três milhões de exames e 34,2 mil internações.

Outra operadora que pretende questionar a ANS, no âmbito administrativo, é a GreenLine. "A empresa GreenLine Sistema de Saúde foi surpreendida pela notícia de continuidade da suspensão da comercialização de seus produtos e recorrerá da decisão da agência reguladora, tão logo receba a formalização da penalidade", informou nota, assinada pelo gerente jurídico da GreenLine, Haroldo de Azevedo Carvalho. A GreenLine estava proibida de vender 30 modalidades de planos e ontem foi impedida de colocar no mercado 11 tipos de convênios médicos.

A Unimed Paulistana também informou que recorreu de 574 notificações registradas no segundo semestre, e conseguiu reverte-las em dezembro, "por serem consideradas improcedentes já que os beneficiários receberam o devido atendimento pela operadora". Entre as 28 operadoras punidas pela ANS, a Paulistana é a maior com cerca de 900 mil clientes.

Além de ser punida com a proibição de venda, a ANS determinou que um de seus diretores técnicos acompanhe a gestão na Paulistana. "Recebemos com surpresa, mas com naturalidade a informação de que a Unimed Paulistana estará sob direção técnica da ANS. Isso tem um aspecto positivo, pois a agência poderá acompanhar mais de perto nossos esforços para melhorar o atendimento", informa nota da diretoria executiva da Unimed Paulistana.

Não é a primeira vez que a Paulistana passa por essa situação. Entre novembro de 2009 e março de 2011, foi decretada direção fiscal, modalidade de intervenção mais séria porque envolve problemas financeiros.

No total, sete cooperativas médicas receberam algum tipo de punição. A Unimed Brasil, que representa as cooperativas, informou que busca a qualidade, mas devido à sua "dimensão e capilaridade (367 cooperativas) pode enfrentar alguns percalços eventuais e pontuais".

A Fenasaúde, representante dos 15 maiores grupos de saúde, defende uma padronização dos critérios de qualificação. Entre os seus associados está a Excelsior, operadora do Recife com 124 mil clientes adquirida pela Amil em 2010 por R$ 50 milhões

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