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Apólices de pessoas têm crescimento de 14,45%

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Vaivém de brasileiros ao exterior e expansão de financiamento no País puxam demanda por garantias contra riscos de extravio de bagagem e contra inadimplência de segurados

As viagens de brasileiros entre destinos domésticos e internacionais, a expansão da oferta de crédito e um comportamento mais cauteloso fizeram algumas das modalidades de seguros de pessoas e de credit life (quitam prestações devedoras) terem forte expansão nas vendas no ano passado. Segundo balanço anual divulgado nesta quintafeira pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), o faturamento do mercado cresceu 14,45%, subindo para R$ 21,8 bilhões.

Entre os destaques, o seguro viagem, que cobre acidentes, extravio ou perda de bagagens, despesas hospitalares e médicas, de viajantes em deslocamentos no Brasil e exterior; a apólice educacional; o seguro prestamista, proteção financeira vendida por seguradoras principalmente em parceria com redes de varejo; e o seguro contra desemprego e perda de renda.

O seguro viagem fechou o ano com receita de R$ 68,1 milhões (prêmios emitidos) no ano passado, expansão de 59,28% em relação a 2011. O forte crescimento tem relação direta com maior fluxo de passageiros no País e para destinos internacionais. Segundo o Ministério do Turismo, o número de viagens internas subiu de 190,8 milhões, em 2011, para cerca de 197 milhões, em 2012, ao passo que o fluxo de viajantes internacionais também cresceu bastante, a ponto de fazer recordes os gastos dos brasileiros no exterior. “O brasileiro está viajando mais, ancorado pelo aumento da renda e do emprego, o que impactou positivamente a emissão de seguros para cobertura de passageiros em trânsito”, explicou o presidente da FenaPrevi, Osvaldo Nascimento.

Em termos percentuais, o seguro educação foi o segundo do ranking em crescimento. Com a taxa de expansão no ano de 42,24%, a receita totalizou R$ 27 milhões, contra os R$ 19 milhões de 2011. É um produto que tem forte apelo entre os pais, pois seu objetivo principal é auxiliar nas despesas com a educação do menor, principalmente as mensalidades escolares, em caso de morte, invalidez ou desemprego do responsável financeiramente pelo estudante”, disse Osvaldo Nascimento.

Expansão

Outro seguro com desempenho surpreendente foi o desemprego e perda de renda, da linha de credit life. Esta modalidade teve receita de R$ 108,6 milhões no ano passado, 32,71% superior aos R$ 81,8 milhões registrados em 2011. Para Osvaldo Nascimento, a firme procura ocorre pelo fato de o produto garantir ao segurado uma renda temporária, em caso de desemprego, para o pagamento de dívidas e prestações. Ainda entre os seguros de credit life, outro destaque foi a apólice prestamista, que paga dívidas dos consumidores inadimplentes. Sua expansão atingiu 29,49% no ano passado, gerando prêmios da ordem de R$ 5,8 bilhões.
As indenizações pagas pelo mercado tiveram aumento acentuado no ano passado: somaram cerca de R$ 5,7 bilhões, 11,44% a mais do valor registrado no ano anterior, quando foram pagos R$ 5,1 bilhões. “

As indenizações demonstram a importância social do seguro, o qual proporciona proteção e garantia para a continuidade dos projetos pessoais e da vida econômica, do segurado e seus familiares”, lembra Osvaldo Nascimento.

Em dezembro do ano passado, o mercado de seguros de pessoas movimentou R$ 1,9 bilhão, expansão de 18,58%, em relação a igual mês de 2011. Novamente, entre os seguros de maior representatividade no mercado, os produtos que obtiveram o melhor desempenho foram o de viagem e o prestamista. O volume de prêmios do seguro viagem cresceu 78,84% e somou R$ 6,7 milhões, em relação aos R$ 3,8 milhões registrados em igual período do ano passado. Já o prestamista registrou R$ 593,4 milhões, 59,50% superior aos R$ 372 milhões de dezembro de 2011. O seguro de vida também obteve desempenho expressivo em dezembro: R$ 747 milhões (alta de 8,49%).

Apesar da forte taxa de crescimento de algumas modalidades, o seguro de vida mantém a liderança de prêmios emitidos. Sua receita teve alta de 6,96%, elevando o faturamento para R$ 9,2 bilhões. Outra tradicional modalidade do mercado, a de acidentes pessoais, teve expansão de 8,07% e faturamento de R$ 4,3 bilhões, perdendo o segundo lugar em volume de receita para o seguro prestamista.

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