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Que venham as bolas e os gols

Fonte IstoÉ Dinheiro

 Obras de grande porte, como a construção dos estádios para a Copa do Mundo, estimulam o crescimento do seguro garantia

Por Andrea ASSEF

Contrato é um compromisso, mas, para ter 100% de certeza de que será cumprido, existe o seguro garantia, que assegura a execução do que foi acertado entre as partes. São várias as modalidades que utilizam esse tipo de seguro: concorrências, execução de obras e projetos, fornecimento de bens, prestação de serviços, judicial, trabalhista. Segundo Antonio Trindade, diretor de produtos para pessoa jurídica da Itaú Seguros, esse mercado gerou R$ 1 bilhão em prêmios em 2012 e deve crescer 16% este ano. “Há um grande volume de negócios que estão surgindo com os investimentos para a Copa do Mundo em 2014, a Olimpíada em 2016 e obras de infraestrutura, como usinas de energia, portos e aeroportos”, afirma Trindade.

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Já é possível constatar o deslocamento de projetos paralisados nos últimos anos que começam a vir agora ao mercado. Rogério Vergara, diretor de seguros de crédito e garantia da Mapfre Seguros, cita a 11a rodada de licitação para a exploração de petróleo e gás que acaba de ser divulgada pelo governo e que estava parada desde 2010. “É uma grande oportunidade. Durante os próximos três anos, as empresas que forem fazer os estudos para prospecção vão precisar de seguro garantia e nos três anos seguintes haverá uma nova demanda para garantir a prospecção dos campos de petróleo”, afirma Vergara.

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Entre os vários tipos de seguro garantia, um dos que mais têm crescido é o judicial, que evita problemas no patrimônio da companhia quando são necessários penhoras e depósitos judiciais em função de ações na Justiça contra a empresa. “Até alguns anos atrás, o seguro garantia judicial representava 5% do mercado; atualmente responde por 40% do total de seguros garantia no Brasil”, afirma Eduardo Viegas, superintendente do ramo de garantia da Chubb. Com o seguro é possível substituir os depósitos caucionados em dinheiro. “Por exemplo, se uma indústria está questionando na Justiça o pagamento de algum imposto, ela precisa fazer um depósito em garantia. E aí entra o seguro garantia”, afirma Viegas. 

                            Antonio Trindade, da Itaú Seguros: "Há um grande volume de negócios
                                                     com as obras de infraestrutura" 

Do lado do Judiciário também existe cada vez mais aceitação ao seguro. “Até três anos atrás, nem todos os juízes entendiam o seguro garantia como um bom instrumento para caucionar uma ação. Isso mudou, principalmente com a isenção do pagamento de IOF (Imposto sobre Operação Financeira) de 7,38%, que ocorreu no ano passado”, diz Hélio Novaes, CEO da MDS Consultores de Seguro e Risco. De acordo com ele, o seguro garantia é menos oneroso do que a fiança bancária. Segundo Silvia Vergara, especialista em seguro garantia da corretora Marsh, todo o mercado de seguro garantia está aquecido neste momento. “Há várias empresas internacionais sondando o Brasil e isso deve movimentar bastante o setor”, afirma ela.

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