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Aon unifica gestão de três operações e prevê receita de R$ 350 milhões

Fonte Valor Econômico

Por Beth Koike | De São Paulo

                    Nova estrutura é presidida por Marcelo Munerato, que liderava área de saúde

Confundida frequentemente como uma seguradora, a corretora e consultoria de seguros Aon Brasil reestruturou sua operação no país. Três das quatro subsidiárias da companhia foram integradas em uma mesma gestão: Aon Risk, que vende e faz gestão de riscos de seguros; Aon Hewitt, responsável por planos de saúde e demais benefícios; e a Aon Affinity, de seguros massificados. Desde o começo do ano a nova estrutura é presidida por Marcelo Munerato, que antes liderava a área de saúde. A Aon Brasil é a primeira unidade da multinacional a fazer uma integração tão representativa.

Em 2012, a receita no país das três operações somou R$ 301 milhões. Metade desse montante vem da área de saúde - a companhia administra uma carteira de 1,3 milhão de usuários de convênios médicos corporativos. "Nossa meta é atingir R$ 350 milhões neste ano", afirmou Munerato.

Apenas a Aon Benfield, de resseguros, continua operando isoladamente. Numa primeira fase, a empresa continuará operando com as quatro bandeiras, mas há um projeto de longo prazo para se trabalhar apenas com a marca Aon.

A companhia tem operações em 120 países e faturamento global de US$ 11 bilhões. Nas demais regiões do mundo, os negócios continuam separados. O grupo opera com várias subsidiárias devido às diversas aquisições, cerca de 15, que realizou no mundo. A última delas foi em 2010, quando comprou a americana Hewitt por US$ 4,9 bilhões. No Brasil, a empresa também comprou várias companhias locais, mas agora a estratégia é adquirir apenas negócios estratégicos que agilizem, por exemplo, a entrada da Aon em determinados segmentos ou praças.

Na Aon Brasil, quase 80% do faturamento vem da corretagem de venda de seguros empresariais de variados tipos como saúde (o maior volume de contratos), infraestrutura, marítimo, aéreo e patrimonial, cujos prêmios têm valores expressivos. No ano passado, a companhia intermediou a colocação de R$ 3,2 bilhões em prêmios de seguros, um aumento de 21% em relação a 2011.

A área de consultoria, tipo de serviço que a diferencia das corretoras tradicionais, gerou no ano passado uma receita de R$ 65 milhões, o equivalente a 22% do faturamento total da Aon Brasil. "Hoje, temos vários clientes que compram o seguro por meio de outra empresa e nos contratam para prestar consultoria de avaliação dos riscos em plataforma de petróleo ou de aumento na sinistralidade em planos de saúde, entre outros variados serviços", disse Munerato.

No resto do mundo, a companhia também tem empresas com nomes distintos. Mas vem fortalecendo sua "marca mãe" com várias ações como o patrocínio do time inglês de futebol Manchester United. Há quatro anos, a Aon estampa seu nome nas camisas dos jogadores do Manchester por US$ 80 milhões ao mês. "A escolha do Manchester foi estratégica porque é um time com jogadores de várias nacionalidades e fãs no mundo todo. Só no Oeste Asiático, são 325 milhões torcedores", disse Luis Felipe Barranco, gerente de marketing da Aon Brasil. No mundo, são 659 milhões de fãs.

No Brasil, a Aon não patrocina nenhum time de futebol. A companhia investe em golfe - modalidade em que celebridades como os esportistas Ronaldo Fenômeno, Rubinho Barrichello, Michel Phelps e o ator Andy Garcia têm dados suas tacadas.

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