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Câmara aprova reuso de peças no conserto de carro sinistrado

Fonte Jornal do Commercio - RJ

Projeto de lei que regulamenta o desmonte de veículos foi aprovado esta semana pelo plenário da Câmara Federal e será agora encaminhado para apreciação do Senado. Autor da proposta, Armando Vergilio (PSD-GO) conta que hoje cerca de 200 mil carros roubados ou furtados no País são carreados para abastecer a indústria de desmanches e o comércio ilegal de peças. “Pesquisas recentes apontam que no Brasil são roubados ou furtados anualmente 400 mil veículos, sendo que apenas pouco mais da metade é recuperada”, menciona.

Armando Vergilio, que também preside a Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), diz que “o projeto vai proteger centenas de milhares de pessoas, ao reduzir a criminalidade, pois as quadrilhas terão muita dificuldade para repassar os veículos roubados ou furtados”.

A regulamentação do desmonte de veículos vai, inclusive, segundo ele, além de gerar novos empregos formais nas oficinas legais que serão criadas, ter reflexo direto nos sistema tributário, com o aumento da arrecadação de impostos. Outra consequência favorável e natural da medida será a redução de custos na reparação de veículos com a possibilidade de utilização de peças usadas e certificadas. “Em outros países, os resultados foram imediatos. Na Argentina, por exemplo, um ano após a criação dos desmanches legais, o índice de roubo de automóveis caiu 50%”, conta Armando Vergilio.

Ele acrescenta que a proposta vai ainda viabilizar a montagem de um seguro popular de automóvel, que poderá ter preços até 30% menores do que o produto tradicional comercializado hoje no mercado, ao permitir a utilização de peças recondicionadas, devidamente certificadas. “Esse novo produto poderá atingir 20 milhões de automóveis com mais de cinco anos de idade, que, atualmente, trafegam desprotegidos pelas ruas e estradas brasileiras”,  destaca.

Além disso, o projeto, que foi aprovado exatamente na data comemorativa ao Dia Mundial do Meio Ambiente, quarta-feira última, reduzirá também, na avaliação de Armando Vergilio, os danos causados pelo descarte desordenado, pelos desmanches irregulares de baterias, carcaças de veículos e fluídos de freios e motor.

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