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Sem receber seguro, comerciantes do PR têm prejuízos após vendaval

Fonte: G1

Proprietários de um hotel e de uma distribuidora de bebidas de Tibagi , na região dos Campos Gerais, no Paraná , estão desde o dia 21 de julho aguardando resposta da empresa de seguro empresarial que contrataram. Os dois tiveram os locais de trabalho destelhados por causa de um vendaval que atingiu a cidade durante aquela madrugada. Segundo Instituto Tecnológico Simepar, no dia, os ventos chegaram a quase 90 km/h.

A dona da distribuidora de bebidas, Cassiane Bueno, calcula estragos entre R$ 30 e R$ 40 mil. “A nossa casa fica em cima da distribuidora. Desde aquele dia, está tudo descoberto. Destelhou, caiu gesso, os móveis molharam”, disse. Além disso, Cassiane conta que a placa da distribuidora foi arremessada com o vento e atingiu o pai dela, deixando-o desacordado. O pai continua recebendo cuidados médicos, e o espaço ainda está sem assistência.

Cassiane é cliente do Seguro Ouro Empresarial, do Banco do Brasil. Ela paga R$ 167 por mês para cobrir as despesas da distribuidora, caso algum acidente ocorra. Depois de ter acionado a seguradora, ela conta que foi dado um prazo de 48 horas para que um técnico fosse fazer a vistoria no local, o que não aconteceu. “Depois de uma semana, marcaram para esta segunda. Era para alguém ter vindo até às 10h da manhã, mas ninguém apareceu”, comenta.

 Foram colocadas lonas no telhado do hotel enquanto o estrago não é solucionado
 
A situação é parecida com a do dono de um hotel, João Edvaldo Carvalho. Ele disse que está há mais de uma semana sem receber hóspedes. “Como eu vou hospedar os clientes sendo que meu hotel está destelhado, com os quartos sem forro e os colchões molhados? Eu quero evitar desconforto para eles, mas, ao mesmo tempo, estou tendo prejuízo”, argumenta. Carvalho acredita ter deixado de receber, até esta segunda-feira (29), cerca de R$ 10 mil.

O dono do hotel também contratou o mesmo seguro que Cassiane. Desde o dia 21 de julho ele está em contato com o banco para tentar solucionar o problema. Depois de oito dias, Carvalho recebeu a notícia de que o conserto foi autorizado. Ele calcula R$ 12 mil de danos ocasionados pelo vendaval.
“O seguro pediu para eu consertar, e depois vai me ressarcir com a mão-de-obra e os materiais que vão ser usados para arrumar o estrago. Enquanto eu não encontrar um pedreiro, porque está difícil, vou continuar tendo prejuízo já que não tenho como hospedar alguém”, revela.

 Resposta da seguradora 

 Segundo o Banco do Brasil, a seguradora já está tomando providências para resolver os problemas dos comerciantes de Tibagi. O banco ainda informou ao  G1  que o prazo para responder o pedido do segurado é de quatro dias úteis. Como a cidade estava em feriado na sexta-feira (26), impossibilitou o trabalho da seguradora.

No caso do João Edvaldo Carvalho, o conserto está liberado. Já para a comerciante Cassiane Bueno, o estrago foi maior, e, por isso, é necessário fazer uma vistoria.

A seguradora explica que, até um técnico fazer a avaliação, é feito um reparo emergencial. Uma empresa terceirizada é contratada pelo seguro para fazer o serviço no local. O banco ainda informa que o gerente da agência de Tibagi está acompanhando caso a caso.

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