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Diretor da Allianz Seguros fala sobre a nova arena do Verdão

Fonte: O Povo

No ano que vem, o Palmeiras comemora o seu centenário e, de presente, o clube alvi-verde ganhará uma arena multiuso, o Allianz Parque, fruto da parceria entre a construtora WTorre e multinacional de seguros alemã, Allianz. O carioca e diretor-executivo de Gestão de Mercado e Estratégia da seguradora, Felipe Gomes (37), exalta a estratégia da empresa em investir no mercado paulista, reafirma a opção da companhia em associar sua marca às arenas e não aos times de futebol e diz não temer a rejeição por parte das torcidas rivais. Ele antecipa que a marca, que tem 109 de existência, se fará presente com ativações na Copa do Mundo, no ano que vem, e durante a disputa das Paraolimpíadas, em 2016, no Rio de Janeiro. A seguradora detém o naming rights de quatro arenas espalhadas ao redor do mundo, a principal delas a Allianz Munique, a casa sempre cheia do atual campeão alemão e da Uefa Champions League, Bayern de Munique.
 

LANCE!Bizz - Seguro no Brasil tem mercado?

Felipe Gomes - Fazendo um comparativo entre a Europa e o Brasil, na Europa cada pessoa tem em média cinco apólices de seguros, no Brasil menos de uma pessoa tem apólice de seguro. O Brasil tem 50% do mercado na América Latina, e em 2012 teve uma receita de R$ 250 Bilhões. Isso significa que ainda existe um caminho muito grande para ser percorrido. A gente ainda vai ter, pelos próximos dez anos, um mercado de muito crescimento.

L.B - Diante dessa realidade, de que forma o futebol pode contribuir para que a fixação da marca Allianz?

F.G. - O maior mercado de seguro no Brasil está em São Paulo. Mais da metade desse mercado (53%) está em São Paulo. Isso significa dizer que todas as seguradoras investem em São Paulo. Só que a Allianz não faz isso, não investe em veículos tradicionais. Nós somos uma empresa que tem quatro estádios espalhados pelo mundo. E estamos partindo para o quinto (Allianz Parque). Com isso, a gente sai de uma guerra de marca tradicional, que a gente chama de "oceano vermelho". Nenhuma outra seguradora ou banco tem um estádio de futebol encravado no centro de São Paulo; que tem um planejamento com mais 50 grandes shows por ano e mais de 30 jogos de futebol por ano. E qual o esporte que é a paixão nacional? Qual é a cidade que tem os melhores times de futebol, além do Rio, é claro (risos), onde é que existe a riqueza onde as pessoas podem gastar vendo shows e futebol? São Paulo. Esta plataforma de marketing, que é o estádio, tem dois grandes pilares. O principal deles é aproximação com consumidor que ama o futebol, que ama o entretenimento, que vai adorar ver o show da Madonna, que vai adorar ver o show do Paul Mcartney. Nós temos uma plataforma de marca que os outros não têm. É o que chamamos de first moviment. Eu posso dizer que nas primeiras três semanas após o anúncio da parceria com o naming rights, a gente teve um retorno de mídia espontânea maior do que a gente irá pagar no primeiro ano de naming rights.

L.B. - Quanto que o Palmeiras vai ganhar com este acordo?

F.G. - O Palmeiras não ganha nada da Allianz. O nosso acordo é com a WTorre, que detém 30 anos de concessão dessa arena. A WTorre vai fazer a gestão dessa arena através da AEG, que é a maior empresa de entretenimento do mundo. Nosso contrato é com a WTorre. Ela sim tem contrato com o Palmeiras, que vai crescendo ao longo dos anos.

L.B. - Quanto a Allianz irá pagar à WTorre ?

F.G. - A gente enquanto grupo não fala sobre cifras. É prática do grupo.

L.B. - Especula-se que o acordo gira em torno de R$ 300 milhões.

F.G. - Não posso te dizer. Este investimento que a gente fez aqui é sólido, e que tem uma proporção muito grande. São 20 anos com direito à prorrogação por mais dez. A WTorre depois de 30 anos devolve as chaves do estádio para o Palmeiras.

L.B. - A plataforma futebol continua sendo a melhor ferramenta para ativar uma marca?

F.G. - Nós somos os maiores patrocinadores de futebol do mundo. Temos a Allianz Arena, que é do Bayern de Munique como Premium Sponsor (patrocínio máster). Temos o Allianz Stadium, em Sidney, na Austrália; a Allianz Riviera, em Nice, na França e o Allianz Park, em Londres.

L.B. Como vocês trabalham com a questão da rejeição?

F.G. - A gente não está na camisa do Palmeiras. A gente está numa arena multiuso, que é do Palmeiras. É ordem do grupo não patrocinar times. E sim estádios, arenas.

L.B. - Para fugir dessa rejeição?

F.G. - Acho que é um pouco da pegada da companhia em patrocinar o esporte, e não um time específico. Isso está muito claro no mundo inteiro, inclusive para o brasileiro. Não entendo que vá haver essa rejeição por ser uma marca internacional que opera um pouco fora desse processo. Você tem marcas que ficam anos dentro do clube. O Palmeiras tinha a Parmalat. Nós estamos fazendo naming rights num estádio multiuso, que não só vai ter só futebol, vai ter centro de convenção, vai ter restaurante. Vai ter mais shows do que jogo de futebol.

L.B. - Vocês vão investir na aquisições de jogadores para o Palmeiras?

F. G. - Não é um empresa de gestão de jogadores de futebol. Somos uma empresa que investe em arenas como marca. Não somos uma empresa, um fundo do Catar ou da China, por exemplo, que compra um jogador e entrega para o clube. Não fazemos isso e duvido que aconteça.

L.B. - Que tipo de ação de marketing existente no Brasil que vocês gostariam de ver a Allianz associada?

F.G. - A gente já inovou com as arenas. Na Paraolimpíada de 2016 vocês vão ver o nome Allianz muito forte. Nós somos patrocinadores globais da Paraolimpíada. Vamos ter ações de ativações da empresa durante a Paraolimpíada.

L.B. - Em termos de Copa do Mundo? Existe alguma ação específica?

F.G. - A gente vai estar muito forte em marca e na parte comercial durante a Copa do Mundo, mas por ora não podemos falar mais, porque assim como eu leio o Lance!, os nossos concorrentes também leem.

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