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As lideranças e a corretagem de seguros

Fonte: Érico Melo

Uma força que estava escondida no íntimo de milhões de brasileiros parece ter aflorado nos últimos meses, há tempos não se viam demonstrações tão intensas e democráticas da opinião popular, reclamando, questionando, exigindo soluções das lideranças para as diversas mazelas que assolam nosso país.

No âmago de todo indivíduo, em qualquer área, sempre existe o desejo de modificar algo que achamos estar errado ou que poderia ser realizado de uma maneira mais eficiente. Imagino uma manifestação de Corretores de Seguros: Quais seriam os cartazes empunhados? Quais os seus gritos de ordem?

Não aos Preços diferenciados! Fora empresas marginais! Abaixo à concorrência bancária! Abaixo ao estorno de comissão! Não à cobrança de vistoria improdutiva! Queremos o Simples! poderiam ser esses alguns dos escritos nos cartazes a serem vistos nas mãos dos profissionais de corretagem.

No nosso setor não precisamos de “black blocs”, nem de mascarados, mas urge que sejamos uma classe vigilante, atenta às mudanças e com uma forte representação política. Os sindicatos tem que aprofundar suas relações com o meio político, como forma de garantir que as vozes e os anseios dos milhares de Corretores de Seguros tenham eco dentro das hostes governamentais.

É mister que em todos os projetos que, de alguma maneira, possam influenciar o futuro da corretagem de seguros, tenhamos parlamentares sensíveis aos nossos interesses. É assim que funciona na democracia. As recentes intervenções do deputado federal Armando Vergilio em matérias relativas ao setor,  como no relatório sobre a PL 3555 que, entre ouras coisas, criava o agente de seguros, figura danosa à nossa categoria, e que tem o interesse, muitas vezes não declarado, de players importantes do setor, mostram, indubitavelmente, que sua permanência no posto de presidente da Fenacor foi um grande acerto e muito contribui para que os profissionais corretores de seguros possam ter voz e vez.

As mazelas comerciais, como preços diferenciados, cobrança de vistoria improdutiva, estorno de comissão tem que ser enfrentadas com denodo por toda a classe, visto que temos que ter um mínimo de unidade e pensamento coletivo para que possamos conseguir vitórias importantes nesses quesitos. O papel dos sindicatos é fundamental nessas reivindicações, mas sem hipocrisia, nada mudará se não houver um posicionamento do órgão regulador, e como vimos em recente circular sobre o estorno de comissão, a Susep tem entendimentos que, muitas das vezes, vão contra os interesses dos corretores de seguros e afrontam o Código Civil.

A mudança, o desenvolvimento e o tempo são inexoráveis, cedo ou tarde elas irão acontecer, depende de nós influirmos na direção das mudanças e na celeridade do desenvolvimento. Para isso não devemos nos furtar de contribuir com nossas idéias e ações, elas serão o combustível que nos levará para o futuro, um futuro promissor, mas que requer, de todos nós, comprometimento e responsabilidade.

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