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Prevenção contra os ataques cibernéticos

Fonte: Valor Econômico
 

Por Felipe Datt | Para o Valor, de São Paulo

Um estudo da corretora Marsh, divulgado em junho durante evento do setor no Reino Unido, mostrou que 71% das empresas pesquisadas aumentaram seus receios com eventuais riscos cibernéticos na última década. Pior: 54% afirmaram que sua empresa havia sofrido um ataque de hackers recentemente. Enquanto 17% estimam que as perdas financeiras com um ataque em sua rede possam atingir US$ 5 milhões, 22% admitiram que sua empresa ainda não possui um estudo para indicar possíveis impactos financeiros no caso de um ataque.

O estudo "Cyber Risk Survey", apesar de limitado a companhias europeias, joga luz sobre um assunto que a cada ano ganha mais relevância também entre as empresas brasileiras: a segurança da informação. O tema risco cibernético é amplo e abrange qualquer problema que possa ocorrer no ambiente de processamento de dados e tecnologia da informação das empresas, e tem como componentes mais drásticos o roubo ou vazamento de dados, da própria empresa (da lista de fornecedores a informações comerciais confidenciais) ou mesmo dados de terceiros sob sua custódia (como informações pessoais, endereços, dados da conta bancária e do cartão de crédito), que podem cair em mãos erradas, ocasionando perdas milionárias com indenizações e reparações de danos, prejuízo à reputação da companhia, sobretudo se envolver o vazamento de dados de clientes, e até mesmo a interrupção temporária de suas atividades.

A importância do tema levou as seguradoras a desenvolver, nos últimos anos, seguros em caso de invasão de redes por hackers, violação e vazamento de dados e a eventual paralisação dos negócios. A novidade começa a ganhar corpo no Brasil. "Há muito mercado para esse seguro crescer. Por mais que a empresa se proteja e invista em segurança da informação, ninguém quer perder negócios em razão de um ataque. O evento recente de espionagem contra o governo reacendeu a preocupação das empresas em criar sistemas de proteção mais sofisticados. O assunto sai do plano teórico e começa a se tornar factível", diz Celso Soares, presidente da Comissão de Linhas Financeiras da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg).

Pioneira na venda desse produto no país, a AIG Brasil oferece cobertura contra riscos cibernéticos desde agosto de 2012. O gerente de linhas financeiras da seguradora, Lucas Scortecci, explica que o produto foi desenhado para garantir proteção em duas frentes. De um lado, indeniza a tomadora em casos onde a invasão de hackers interrompa a prestação de serviços ou a venda de produtos - como em um portal de e-commerce -, garantindo a cobertura de lucros cessantes por interrupção de rede. Ao mesmo tempo, o seguro contempla uma cobertura de responsabilidade civil que permite ao tomador arcar com o pagamento de indenizações em caso de reclamações de terceiros.
 
 

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