Porto Seguro vê cenário desafiador para resultado financeiro neste ano
Fonte: Valor Econômico
Por Thais Folego | De São Paulo
Por Thais Folego | De São Paulo
Para Marcelo Picanço, mudança no fluxo de recursos para emergentes e eleições no Brasil devem provocar volatilidade
O aumento da taxa Selic não se traduz automaticamente em melhora de resultado financeiro para as seguradoras. Depois de ter seus resultados de 2013 pressionados por um retorno mais baixo de seus investimentos, a Porto Seguro espera alcançar uma rentabilidade melhor este ano, mas ainda vê um cenário desafiador.
Segundo Marcelo Picanço, diretor financeiro e de relações com investidores da Porto, a mudança no fluxo de recursos para mercados emergentes e as eleições no Brasil neste ano devem provocar volatilidade no mercado financeiro. Ele espera, porém, que a companhia consiga alcançar em seus investimentos uma rentabilidade mais próxima do Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI) neste ano.
Excluindo os recursos de previdência, as reservas da seguradora tiveram retorno de 79% do CDI no ano passado, ante 133% do CDI em 2012. Ao apresentar os resultados do quarto trimestre, na sexta-feira, a companhia fez um exercício mostrando como seriam as cifras caso o retorno tivesse sido de 100% do CDI: o impacto do resultado financeiro no lucro teria crescido em R$ 47 milhões.
A queda de 47% do resultado financeiro no ano passado limitou os ganhos da seguradora, que apresentou lucro líquido recorrente de R$ 703,5 milhões, um crescimento de 3,1% sobre o ano anterior. O resultado contábil foi beneficiado por eventos extraordinários e somou R$ 1,4 bilhão.
"O ano exige cautela. Na renda fixa, a tendência é diminuir risco. Na renda variável, nossa posição é de médio a longo prazo, não é para trazer retorno em seis meses", disse Picanço. "Eles [os investimentos em ações] podem trazer volatilidade, mas estamos confortáveis com isso." A seguradora quase dobrou o percentual aplicado em ações no último ano, para 3% dos ativos.
Picanço explica que a Porto tem uma posição "estrutural" em títulos públicos atrelados à inflação, os que mais sofreram com a volatilidade vista na renda fixa no ano passado. Como as taxas subiram no mercado de juros futuros, esses papéis perderam valor - movimento inverso ao visto em 2012, quando esses títulos ganharam com a queda das taxas futuras.
Os analistas do Credit Suisse avaliaram que o lucro recorrente de R$ 231 milhões do quarto trimestre não refletiu os bons resultados operacionais entregues pela companhia, ofuscados pelo resultado financeiro pior do que o esperado. A ação da Porto fechou em queda de 3,3% na sexta, dia em que o Ibovespa subiu 0,81%.
O aumento da taxa Selic não se traduz automaticamente em melhora de resultado financeiro para as seguradoras. Depois de ter seus resultados de 2013 pressionados por um retorno mais baixo de seus investimentos, a Porto Seguro espera alcançar uma rentabilidade melhor este ano, mas ainda vê um cenário desafiador.
Segundo Marcelo Picanço, diretor financeiro e de relações com investidores da Porto, a mudança no fluxo de recursos para mercados emergentes e as eleições no Brasil neste ano devem provocar volatilidade no mercado financeiro. Ele espera, porém, que a companhia consiga alcançar em seus investimentos uma rentabilidade mais próxima do Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI) neste ano.
Excluindo os recursos de previdência, as reservas da seguradora tiveram retorno de 79% do CDI no ano passado, ante 133% do CDI em 2012. Ao apresentar os resultados do quarto trimestre, na sexta-feira, a companhia fez um exercício mostrando como seriam as cifras caso o retorno tivesse sido de 100% do CDI: o impacto do resultado financeiro no lucro teria crescido em R$ 47 milhões.
A queda de 47% do resultado financeiro no ano passado limitou os ganhos da seguradora, que apresentou lucro líquido recorrente de R$ 703,5 milhões, um crescimento de 3,1% sobre o ano anterior. O resultado contábil foi beneficiado por eventos extraordinários e somou R$ 1,4 bilhão.
"O ano exige cautela. Na renda fixa, a tendência é diminuir risco. Na renda variável, nossa posição é de médio a longo prazo, não é para trazer retorno em seis meses", disse Picanço. "Eles [os investimentos em ações] podem trazer volatilidade, mas estamos confortáveis com isso." A seguradora quase dobrou o percentual aplicado em ações no último ano, para 3% dos ativos.
Picanço explica que a Porto tem uma posição "estrutural" em títulos públicos atrelados à inflação, os que mais sofreram com a volatilidade vista na renda fixa no ano passado. Como as taxas subiram no mercado de juros futuros, esses papéis perderam valor - movimento inverso ao visto em 2012, quando esses títulos ganharam com a queda das taxas futuras.
Os analistas do Credit Suisse avaliaram que o lucro recorrente de R$ 231 milhões do quarto trimestre não refletiu os bons resultados operacionais entregues pela companhia, ofuscados pelo resultado financeiro pior do que o esperado. A ação da Porto fechou em queda de 3,3% na sexta, dia em que o Ibovespa subiu 0,81%.
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