Breaking News

Ritmo da queda das vendas de seguros diminui em maio

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Depois de começar o ano em queda livre, receita de prêmios do setor cresce em maio, repetindo a alta de abril. Em cinco meses, o recuo de 3,4% reverte-se em crescimento de 4,3%, se desconsiderado o VGBL

A atividade de seguros no Brasil, embora ainda em baixa, vem revertendo o quadro de desaceleração progressivamente, como mostram os números relativos às vendas até maio, os últimos divulgados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), que não incluem o ramo saúde. O ano começou em queda livre, quando em janeiro a receita caiu 18,8%, ante igual mês de 2013, e permaneceu negativa até março, para em abril subir 3,7% e em maio, 4,4%.

No acumulado até o quinto mês do ano, as vendas de seguros ainda registram queda, que pode ser revertida caso a tendência de recuperação se mantenha nos próximos meses. Os seguradores, contudo, estão descrentes, não esperam mudanças no comportamento das vendas ao longo do segundo semestre, como aponta o relatório de junho do Índice Confiança e Expectativas do Setor de Seguros (ICSS), calculado pela Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor).

Até maio, as seguradoras faturaram 3,4% menos que nos cinco meses iniciais de 2013. A receita recuou de R$ 62,200 bilhões para R$ 60,068 bilhões. Sem o VGBL, contudo, o faturamento mostra crescimento de 4,3%, ao atingir R$ 34,389 bilhões, contra 32,971 bilhões até maio do ano passado.

O VGBL, que responde por 41% do faturamento do setor, foi, aliás, o único segmento da atividade de seguros, entre os mais importantes, que apresentou decréscimo no acumulado até maio, de 12,1%, período em as contribuições recuaram de R$ 29,229 bilhões para R$ 25,679 bilhões.

A carteira de pessoas, no geral, exibiu expansão no acumulado do ano até maio. O avanço foi de 4,8%, com a receita pulando de R$ 10,451 bilhões para quase R$ 11 bilhões. O seguro de viagem, por exemplo, cresceu 29,1%, e o de doenças graves ou terminais, 25,2%. Em outros ramos da carteira, o termômetro também apontou aquecimento, como o de auxílio funeral (24,9%) e o dotal (22,5%). O seguro de acidentes pessoais, que tem forte expressão, evoluiu 10,9%, enquanto o prestamista, igualmente expressivo, subiu 9,6%. Já o seguro de vida, o mais importante, declinou 3,7%.

Patrimônio

Em outra grande carteira do mercado, a de veículos, a expansão dos prêmios diretos foi de 4,2%, nas coberturas de cascos, assistências e responsabilidade civil facultativa. Juntas, captaram R$ 11,823 bilhões, contra R$ 11,344 bilhões há um ano atrás.

Os produtos do segmento de riscos patrimoniais também evoluíram positivamente nos cinco primeiros meses do ano. A alta foi de 6,7%, para R$ 4,826 bilhões, quase R$ 303 milhões acima do faturado em igual período do exercício anterior. Os destaques ficaram com o seguro residencial (15,6%) e a garantia estendida de bens (14,1%). Os riscos operacionais (1,9%) e os pacotes empresariais (0,6%) avançam menos, enquanto nos riscos de engenharia, o desempenho foi negativo (-12,2%).

Já o faturamento dos produtos da carteira de transportes de mercadorias ficou estagnado em R$ 1,058 bilhão. Mas as coberturas de transporte nacional e internacional cresceram, em média, 11,7%. A carteira habitacional, ao contrário, evoluiu expressivos 22% de janeiro a maio, para R$ 1,039 bilhão, contra R$ 851,6 milhões em igual período de 2013. Avanço ainda mais significativo, de 58,1%, ficou com a carteira de riscos rurais, aos R$ 1,062 bilhão. O segmento de garantia contratual seguiu a mesma trajetória, embora não com tanta força, registrando alta de 15,9%, ao atingir R$ 469 milhões, montante superior em R$ 187,4 milhões ao contabilizado em maio do ano passado.

Nenhum comentário

Escreva aqui seu comentario