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Lloyd's prevê onda de consolidação

Fonte: Valor Econômico

O Lloyd's de Londres quer encorajar os investimentos estrangeiros para atrair negócios, disse ontem a diretora-presidente do mercado de seguros e resseguros britânico, que passa por uma acelerada consolidação.

"O mercado passa por uma fase em que é difícil vislumbrar muito crescimento se você for um concorrente estabelecido. Desse modo, haverá essa consolidação", disse Inga Beale em uma entrevista em Dubai.

O mercado do Lloyd's, que ocupa o quinto lugar em termos de receitas globais de prêmios de resseguros, vem registrando uma onda de negócios em razão do aperto aos prêmios provocado pela competição crescente e pelas regras de capital mais duras.

No mês passado, a Fairfax Financial Holdings, companhia canadense de seguros de propriedades e contra acidentes, disse que iria comprar a Brit por cerca de US$ 1,88 bilhão para se tornar uma das cinco maiores seguradoras do mercado.

Isto se deu um mês após o XL Group ter comprado o Catlin Group do Lloyd's de Londres por US$ 4,22 bilhões. Enquanto isso, o Qatar Insurance Group adquiriu no ano passado a seguradora Antares.

Mesmo assim, com as taxas sob pressão, o Lloyd's está interessado em gerenciar o fluxo de novos concorrentes no mercado. Se os investidores estrangeiros não estivessem comprando seguradoras já existentes do mercado do Lloyd's, novas empresas teriam de ser levadas para o mercado, disse Beale.

Ela falou na inauguração de um novo escritório de seguros no centro financeiro internacional de Dubai, para atender clientes do Oriente Médio, que incluem gigantes do setor de energia como a Saudi Arabian Oil, companhias aéreas e outras grandes empresas. Nove seguradoras vão oferecer inicialmente cobertura aos setores naval, de energia, imóveis, aviação, crédito comercial, contra terrorismo e riscos políticos.

Depois de começar a operar em um café no século XVII, o Lloyd's vem tentando chegar aos mercados emergentes, onde os níveis de penetração dos seguros são menores. Além de escritórios na Europa, Américas e Australásia, está presente na China, Índia, Hong Kong, Cingapura, Namíbia, África do Sul e Zimbábue.

A América do Norte e a Europa respondem hoje, cada uma, por 40% dos negócios, com as regiões da Ásia-Pacífico, América Latina, África e Oriente Médio com os outros 20%. Na medida em que os mercados emergentes forem crescendo, eles terão uma parcela maior do bolo.

As empresas do Lloyd's forneceram US$ 500 milhões em cobertura de seguros no Conselho de Cooperação do Golfo em 2013, segundo Beale. "Nos mercados maduros, queremos acompanhar o crescimento do PIB e nos emergentes gostaríamos de acompanhar o crescimento dos prêmios de seguros", disse ela.


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