Breaking News

Escolha do plano deve levar em conta perfil de risco do cliente

Fonte: Valor Econômico 

Para aproveitar os benefícios dos produtos disponíveis no mercado, é importante conhecer bem o que é ofertado para fazer a escolha mais adequada. O Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), por exemplo, tem benefício fiscal para quem faz a declaração do IRPF no modelo completo e geralmente vale a pena para quem trabalha no regime CLT.

"Nesse caso você consegue deduzir do IR anual as contribuições no limite máximo de 12% de sua renda bruta anual. Por esse motivo, o IR que é cobrado no momento do resgate do PGBL incide sobre o valor total resgatado e não somente sobre a rentabilidade. Isso porque você deixa de pagar o imposto de renda hoje para pagar no futuro", explica a consultora financeira, Viviane Ferreira.

Já o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) é um seguro de vida que funciona no mesmo modelo de um plano de previdência, mas sem o benefício fiscal, ou seja, não se pode deduzir a contribuição no cálculo do imposto devido. Por esse motivo o imposto de renda cobrado no momento do resgate do investimento incide somente sobre a rentabilidade. "O VGBL é muito utilizado por empresários, por quem investe acima dos 12% da renda bruta anual e por profissionais liberais", afirma Ferreira.


Na hora de escolher o plano é também fundamental levar alguns fatores em consideração como, por exemplo, a taxa de administração, a taxa de carregamento, a rentabilidade e a portabilidade dos produtos oferecidos. De acordo com Joelson Sampaio, professor de finanças pessoais da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), o primeiro passo é decidir entre planos que investem em fundos de renda fixa e renda variável de acordo com o perfil risco do investidor.

Pessoas mais conservadoras poderão escolher fundos com maior proporção de títulos de renda fixa. Já os menos avessos ao risco poderão escolher fundos com maior proporção em ações. "Ao fazer essas escolhas é importante também considerar os objetivos e horizontes de tempo", recomenda.

Um segundo passo é analisar as taxas de administração. Em geral, índices inferiores a 2,0% ao ano são considerados bons. Para taxas de carregamento, é importante procurar planos com taxas inferiores a 1%. Além disso, é fundamental escolher sempre um produto com bom histórico de rentabilidade. "Embora isso não implique rentabilidade futura, a consistência histórica pode ser um indicador da competência da gestão do plano de previdência", diz Sampaio.

Quem não estiver satisfeito com o desempenho do produto, pode migrar para outro. É a chamada portabilidade. No entanto, não é possível migrar entre diferentes modalidades de planos previdenciários, ou seja, de VGBL para PGBL ou vice-versa.

"A escolha da previdência complementar envolve planos familiares de longo prazo, além de importantes variáveis e estimativas. A decisão deve ser tomada com bastante calma e, de preferência, a partir de análises de diferentes cenários e muitas simulações", aconselha Fernando Segato Afonso, sócio da consultoria Gorioux Faro do Brasil.

Nenhum comentário

Escreva aqui seu comentario