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Vida universal está para ser regulamentado

Fonte: Valor Econômico

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) deve regulamentar nas próximas semanas um produto que tem potencial para alavancar dois mercados ao mesmo tempo: o de previdência e o de seguro de vida. O vida universal (conhecido em outros países como universal life) será comercializado como seguro de vida com capital de acumulação no decorrer dos anos. Como seguro de vida, terá pagamento mensal e ao longo do período de contribuição os valores relativos à acumulação de recurso e capital segurado serão calibrados de forma a garantir o benefício alvo no final da contratação ou na morte do titular.

Depois de passar por audiência pública, onde recebeu várias sugestões das seguradoras, agora a Susep discute internamente detalhes operacionais, estruturais e regulatórios para a liberação definitiva da comercialização do produto. Enquanto isso, muitas seguradoras se preparam para o seu lançamento.

Uma das definições já tomadas e expressa na última minuta expedida pela Susep diz, em seu artigo 6º, que o capital segurado de cada uma das coberturas do plano será composto pela soma do capital segurado de risco e o capital segurado de acumulação. Com base no que já foi discutido, a Caixa Seguradora, cuja acionista majoritária é a seguradora francesa CNP Assurances, já comercializa este produto na Argentina e tem grandes expectativas para sua entrada no Brasil. "É um produto muito bom. Mas precisa ser bem explicado e acompanhado pelo consultor. Tem ótima aderência em outros países", afirma Rosana Techima, diretora de previdência da Caixa.


A MetLife, que também vende esse produto em outros países e tem 60% de sua carteira no Brasil concentrada em planos coletivos de vida, acredita que esta será uma forte alavanca de crescimento para o setor. Dos 49 países em que a seguradora opera, 46 tem o universal life. "Só não é comercializado aqui, na Ucrânia e na Colômbia", diz Raphael de Carvalho, presidente da MetLife no Brasil, que fechou o primeiro semestre com prêmios em vida de R$ 446,3 milhões, crescimento de 4,1% em relação ao mesmo período anterior.

Para a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi) este, de fato, é um produto que deve alavancar as vendas dos dois setores. Para Edson Franco, presidente da entidade, o vida universal vem para cobrir um "gap" em produtos híbrido, pois combina risco com acumulação e cria a possibilidade de diversificação dos canais de distribuição.

Para as seguradoras, o público alvo para este produto ainda precisa ser trabalhado. "Acredito que seja o de alta renda", arrisca Sandro Bonfim, superintendente de produtos da Brasilprev.

Para a Icatu, o produto têm o atrativo da tributação diferenciada. E ainda a flexibilidade de fazer aportes ou não, de acordo com a disponibilidade, avalia Patrick Paiva, gerente de produtos de vida.

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