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Seguradoras diversificam as coberturas na modalidade vida

Fonte: Valor Econômico
Por Denise Bueno

As seguradoras ampliaram o leque de produtos ligados à modalidade vida. Elas têm trabalhado para ofertar apólices com mais opções de investimentos e aguardam ainda a regulamentação do VGBL Saúde e do Vida Universal, um produto de vida com acumulação de recursos com potencial estimado em 125 milhões de beneficiários, segundo Edson Franco, presidente da Federação Nacional de Previdência Aberta (FenaPrevi).

A venda do seguro de vida avançou 4,5% em 2016, para R$ 31,1 bilhões. O segmento de planos individuais surpreendeu, com alta de 26% no ano passado, dois pontos percentuais acima do ano anterior. "Isso reforça o potencial desse mercado e aguça a criatividade das seguradoras para investir na diversificação dos produtos e nos canais de distribuição", diz Franco, que também preside a Zurich Seguros.


Recente estudo divulgado mostra que o mercado de seguro de vida tem muito para crescer no Brasil. Somente 19% entre mais de 1 mil brasileiros pesquisados têm um produto que previna a perda de renda em caso de morte, o pior índice entre 11 países pesquisados para o Estudo Zurich - Falhas na Proteção de Renda/2016, realizado em conjunto com a Universidade Oxford. O segundo país com pior índice é o Reino Unido, com 21% de penetração desse tipo de seguro. Dentre os entrevistados que não têm o seguro de vida no Brasil, mais da metade (56%) considera adquirir algum tipo de produto de proteção de renda.


Diante disso, novidade é o que não falta aos interessados em ter ou deixar uma proteção financeira. O capital segurado disponível ultrapassa R$ 30 milhões nas principais seguradoras do segmento. Acima disso, a contratação passa a ter uma dose de burocracia maior. A Prudential, conhecida por seus produtos desenhados para a alta renda, observou crescimento acima da média do mercado: 35%. Marcelo Eboli, diretor de marketing, conta que as vendas chegaram a R$ 1,3 bilhão em 2016, com avanço de 15% no número de segurados, para 329 mil vidas.

Em dezembro de 2016, a Prudential lançou o produto perda da autonomia pessoal, que oferece proteção para situações em que o cliente fique incapaz de cuidar de si mesmo, necessitando de apoio adicional de terceiros, por consequência de doenças ou acidentes.

Caso não consiga quatro das seis atividades consideradas fundamentais para atender às necessidades básicas da vida cotidiana pessoal e social, receberá o capital contratado no seguro. São elas: mobilidade, higiene pessoal, banho, alimentação, vestimenta e continência.

A Mongeral Aegon, uma das mais modernas em tecnologia de distribuição com a criação da loja digital para os corretores, é a única que apostou de vez na longevidade com a oferta de um seguro para pessoas acima de 60 anos. "Quase 30% da nossa base de clientes tem mais de 60 anos", conta Leonardo Lourenço, superintendente da empresa.

A procura pelo seguro de vida resgatável cresce em ritmo acelerado, informam os entrevistados. Esse seguro tem apelo entre aqueles que querem proteger a família em caso de morte, mas receber algum dinheiro no futuro se nada ocorrer. Essa modalidade deve crescer mais com aprovação do Universal Life pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), prevista para este ano.

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