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Previdência: Planos corporativos passam por atualização

Fonte: Valor Econômico
Por Adriana Fonseca | De São Paulo


Os planos de previdência corporativa representam cerca de 12% do mercado, segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi). A participação é semelhante à detectada no ano passado e pouco superior à registrada em 2015.

Mas se a participação desse tipo de produto não se altera de forma considerável, há algumas mudanças recentes instituídas nos planos corporativos para que eles continuem sendo ferramentas eficazes para atração e retenção de bons profissionais.

Marcos Aurélio Pereira, gerente comercial de previdência empresarial da Icatu Seguros, diz que companhias mais tradicionais, como algumas indústrias, ainda atrelam o resgate à forma de desligamento do colaborador. Nesses casos, só tem direito a resgatar a contrapartida da empresa quem é mandado embora. Quem pede demissão leva apenas o que depositou ao longo dos anos. "Empresas mais conservadoras ainda gostam desse tipo de prática, mas de forma geral há uma mudança para não ter mais diferenciação entre quem pede demissão ou é demitido", diz.


Isso porque, hoje, é mais raro encontrar quem faça toda a carreira em uma só organização, e a mudança é necessária para que o benefício continue sendo visto como um benefício de fato. Se ele não for acessível, perde sua função.

O tempo para que o funcionário possa resgatar o valor depositado pela empresa no plano de previdência corporativo também passa por mudanças. Varia de organização para a organização, mas há tendências por setor.

Os ciclos de resgate estão mais curtos, diz Pereira. Em organizações mais tradicionais, o período de resgate ainda ultrapassa 10 ou 12 anos. Nesses casos é preciso trabalhar por mais de uma década na empresa para ter acesso a 100% da parte depositada pela empresa. "Mas já vemos planos com 'vesting' menor", afirma o executivo. "Em algumas empresas de tecnologia, o prazo para resgatar 100% do saldo é de cinco anos e há organizações que permitem o saque com apenas seis meses de casa".

Carlos Tejeda, diretor de distribuição de vida e previdência corporativa da Zurich, observa que o volume de resgate vem diminuindo. "Percebemos que se tornou mais comum não movimentar o dinheiro após perder o vínculo empregatício", afirma. "Parece uma preocupação maior com a aposentadoria".

Outra novidade apontada por Mauro Machado, consultor sênior de previdência da consultoria de recursos humanos Mercer, é a oferta de um plano suplementar para os familiares do funcionário.

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